banco do povo

Como microempreendedores podem conseguir dinheiro para começar seus negócios

Diogo Brondani


Gabriel Haesbaert (Diário)/ Cleusa fazia doces para complementar a renda e, com financiamento feito no Imembuí Microfinanças, conseguiu abrir seu restaurante

Investir em um negócio próprio ou até mesmo conquistar a casa própria são sonhos de muitas pessoas. Em alguns casos, a chance de tirar do papel aquela ideia arquitetada durante anos só é possível se houver um investimento financeiro que possibilite pelo menos o pontapé inicial dos negócios. Há 15 anos, Santa Maria conta com uma instituição financeira destinada a atender micro e pequenos empresários que têm esse desejo. É o Imembuí Microfinanças (o popular Banco do Povo), uma instituição comunitária que atua exclusivamente com microcrédito. Conforme dados da instituição, R$ 64 milhões já foram disponibilizados a empreendedores de mais de 40 cidades gaúchas. Só em 2017, foram R$ 1,8 milhão. São mais de 9,3 mil empreendimentos atendidos e quase 10 mil empregos fortalecidos ao longo do período de atuação.

No entanto, apesar dos números conquistados, para quem atua no Imembuí, a conquista dos clientes é o mais satisfatório. 

- Mais importante do que o volume das operações é a diferença que conseguimos realizar na vida socioeconômica de nossos clientes. O crédito é concedido com juros menores aos encontrados em bancos tradicionais. Além disso, a gente acompanha o andamento dos negócios. É muito bom ver o sonho deles se tornando realidade - diz a diretoria administrativa do Imembuí Microfinanças, Renata Ferrari.

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Entre os clientes beneficiados pelos serviços do Imembuí Microfinanças está dona Cleusa Fenalti, 62 anos. Ele conta que foi graças ao crédito adquirido junto à instituição que ela se tornou empresária. Professora aposentada, ela começou a fazer doces e salgados para complementar a renda. No entanto, precisou ampliar a sua produção depois que o marido perdeu o emprego. Foi então quando passou a fazer viandas.

- Saímos um dia para comprar um fogão industrial. Fomos em algumas financeiras para conseguir dinheiro emprestado, mas os juros eram muito altos. Até que me falaram do Banco do Povo (como é popularmente conhecido o Imembuí Microfinaças). Fui lá e consegui R$ 240, na época, para comprar o fogão - lembra Cleusa, que trabalhou durante 10 anos em casa, com ajuda do marido em cargas horárias que chegavam a 18 horas diariamente.

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Depois disso, a empreendedora viu a oportunidade de ampliar o negócio, até que, há dois anos, alugou um ponto e montou o seu restaurante, o Café Justiça, que fica na Alameda Buenos Aires, quase em frente ao Fórum de Santa Maria.

- Me arrisquei e deu certo. Peguei um crédito de R$ 15 mil para investir no restaurante. Paguei este e consegui outros. Também consegui comprar um carro. Para quem quer realmente trabalhar, o banco do povo é o melhor. Eles me ajudam até hoje nos negócios - diz ela, que serve cerca de 120 almoços diariamente e tem três funcionários.

OPÇÕES DE CRÉDITO
Microcrédito
É uma modalidade de financiamento que busca permitir o acesso de empreendedores do setores formal e informal ao crédito, utilizando-se de metodologia própria, voltada à superação da pobreza e o resgate da cidadania, com forte componente educativo, priorizando a auto-organização e a solidariedade.

Microcrédito produtivo
É uma das formas que o empreendedor formal ou informal usa para desenvolver seu negócio, proporcionando o crescimento da atividade. O objetivo é que cada cliente cresça a partir do microcrédito e melhore a qualidade de vida dele e da sua família. 

  • Quem pode ter acesso: agentes produtivos dos setores formal e informal que tenham o seu próprio negócio como geração de renda familiar. Nas áreas de produção, comércio e prestação de serviços.
  • Como funciona: o crédito é concedido aos empreendedores formais ou informais que desenvolvam a atividade há, no mínimo, 6 meses, não possuam restrições cadastrais, apresentem garantias de aval compatível com o crédito solicitado e tenham faturamento anual não superior a R$ 360 mil. O valor mínimo é de R$ 300 e, de acordo com a necessidade e perfil do negócio, pode chegar a R$ 15 mil, conforme sua evolução.

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Crédito Habitacional
É um crédito para pagamento de materiais de construção (cimento, tijolo, telha), mão de obra (pedreiro, pintor, encanador), projetos ou qualquer gasto relacionado à obra. É ideal para pequenas reformas e ampliações. 

  • Quem pode ter acesso: pessoas físicas com emprego fixo; trabalhadores com carteira assinada; aposentados; pensionistas e trabalhadores assalariados em geral.
  •  Como funciona: O valor mínimo é de R$ 600 e, de acordo com a necessidade e nível de renda comprovada, pode chegar a R$ 15 mil, com parcelamento em até 48 vezes. Poderá ser solicitado avalista com renda compatível.

Crédito Social
É um crédito para pagamento de algumas despesas com moradia, compra de bens de consumo duráveis, melhorias do meio de transporte, tratamento de saúde e capacitação profissional. Pode ser utilizado para qualquer finalidade, como você quiser, mas sempre de maneira consciente. 

  • Quem pode ter acesso: pessoas físicas com emprego fixo, trabalhadores com carteira assinada, aposentados, pensionistas e trabalhadores assalariados em geral.
  • Como funciona: limite de até R$ 3 mil, parcelados, no mínimo, em 12, e no máximo, em 24 vezes. Poderá ser solicitado avalista com renda compatível.

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PRODUTOS

  • Capital de giro (matéria-prima, mercadorias, propaganda, cursos de aperfeiçoamento e quitação de compromissos do empreendimento)
  • Capital fixo (máquinas e equipamentos , reformas, construções veículos utilitários e ferramentas)
  • Capital misto (parte do crédito para capital de giro e parte para capital fixo)
  • Desconto de cheque para clientes da instituição (troca de cheques de vendas)

PARA CONTRATAR

  • Endereço: Rua Riachuelo, 72, centro de Santa Maria (ao lado da Receita Federal)
  • Telefones: (55) 3217-4546 e (55) 3223-7331
  • Site: www.imembuimicrofinancas.org

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