Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Redução de preço nas refinarias não deve chegar na íntegra às bombas
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira nova redução no preço da gasolina em suas refinarias, que passará a R$ 1,5007 o litro a partir desta terça-feira, cinco centavos a menos que o comercializado desde quinta-feira passada. É o menor valor desde outubro de 2017, considerando a correção dos preços pela inflação.
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O corte de terça será o 17ª consecutivo, soma R$ 0,10 de redução nos últimos seis dias, e está acompanhando a queda das cotações internacionais do petróleo. O ciclo de queda foi iniciado no dia 22 de setembro, motivado pelo recuo da taxa de câmbio às vésperas do primeiro turno das eleições.
Desde então, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras já caiu 34%. Apenas em novembro, a queda acumulada é de 19%. Em valores corrigidos pela inflação, a última vez que a gasolina esteve abaixo de R$ 1,50 por litro foi no dia 24 de outubro de 2017.
Aumento das margens de lucro dos postos, porém, segura o repasse do preço final do combustível. Entre 22 de outubro e 16 de novembro, a fatia que fica com os postos cresceu 27%, para R$ 0,542 por litro.
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O preço da gasolina nas bombas caiu apenas 1,75%, ou R$ 0,08 por litro, no mesmo período. Foram os últimos dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Os postos alegam que a queda dos preços ao consumidor depende também da velocidade de repasse pelas distribuidoras, elo da cadeia que compra gasolina pura das refinarias, mistura ao etanol anidro e revende aos postos.
Para especialistas, o segmento de revenda pode estar recuperando margens perdidas durante o período de preços recordes.
ANIDRO
O composto também registra uma redução, de 3 centavos por litro, nas usinas para as distribuidoras. O anidro é 27% da gasolina e por isso pode influenciar no valor final do combustível.
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Contudo, o gerente comercial da distribuidora de combustíveis Santa Lúcia, Claudio Tavares, diz que essa redução pode demorar a chegar para os consumidores. Ele explica que os estoques de anidro das distribuidoras não costumam esvaziar rápido, pois o combustível é comprado em leilão.
Assim, uma redução poderá ser sentida após as distribuidoras comprarem novo estoque.
*Com informações da Folhapress
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