Dentro de 10 dias, a tarifa de táxi em Santa Maria pode ser reajustada em caráter emergencial pelo Executivo. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato do Taxistas (Sinditáxi), Marco Antônio Fogliarini, e pelo secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Miguel Passini. O pedido de reajuste foi protocolado pelo Sinditáxi na prefeitura no último dia 30.
O reajuste já tinha sido aprovado pelo Conselho Municipal de Transportes em maio de 2013, mas à época o prefeito Cezar Schirmer não concedeu o aumento alegando falta de frota nas ruas.
_ Nós seguramos o que deu. Agora, com a inflação alta e o preço do combustível aumentando, não dá mais. Há pertinência no aumento, e o prefeito já sinalizou que vai homologar, mesmo que a falta de táxis ainda continue na cidade _ diz Passini.
A bandeirada da taxa mínima de partida a ser paga ao entrar no táxi deve passar de R$ 3,80 para R$ 4,50, o que representa um aumento de 18%. Já o quilômetro rodado pode subir 12%, e passaria de R$ 2,40 para R$ 2,70, na bandeira 1, e R$ 3,24, na bandeira 2. Um novo cálculo da tabela só vai ser feito se o Conselho de Transportes solicitar. Se isso acontecer, o prazo para a autorização do aumento será maior, pois há um prazo para refazer o cálculo.
_ Estamos há cinco anos sem reajuste, acho que nada mais justo que nos concedam. Os custos estão cada vez mais altos _ avalia o presidente do Sinditáxi.
Os taxistas esperam que o reajuste venha logo.
_ Santa Maria está com o preço bem abaixo de outras cidades do mesmo porte, onde a tarifa de partida já é de R$ 4,20 ou R$ 4,30. Em Caxias, por exemplo, já é R$ 5,80, então estava na hora de aumentar aqui _ relata o taxista Jéferson Oliveira, 31 anos.
Para os usuários do serviço, o novo preço pode pesar no orçamento.
_ Vai ficar caro, sem dúvida. Desde que tenhamos um bom serviço, de repente vai valer a pena _ observa a serviços gerais, Adriana dos Santos, 42 anos.
Uma reunião entre a prefeitura e o conselho, nos próximos dias, vai discutir o aumento da tarifa de táxis e ônibus em Santa Maria. A ATU defende que a tarifa de ônibus passe dos atuais R$ 2,60 para R$ 2,95. A recente alta do diesel e as negociações para aumento salarial dos funcionários pesar nas contas, alegam as empresas.
Câmara tentará mudar lei para beneficiar aposentados e viúvas
O Sindicato dos Taxistas de Santa Maria solicitou, em reunião na última quinta-feira, com o presidente da Câmara, Sérgio Cechin (PP), que o Legislativo intervenha com o Executivo para a mudança no artigo 13 da Lei Municipal 5863/2014 que prevê um jornada de seis horas diárias de trabalho para os autorizatários.
No inciso 1 da lei, estariam liberados das seis horas diárias de trabalho taxistas que ocupam cargos no sindicato, os que não podem exercer a função por recomendação médica, e aqueles que que possuem atestado de invalidez, aposentados e profissionais com mais de 70 anos.
O sindicato entende que a lei, votada e aprovada em maio do ano passado, garantia segurança para taxistas aposentados, inválidos e viúvas. Mas, em julho, depois do pedido de recadastramento dos taxistas junto à prefeitura, 35 profissionais foram considerados inaptos a exercer a função e não conseguiram renovar o contrato de trabalho. A maioria deles, segundo o Sinditáxi, são pessoas que se encaixam na lista dos que estariam "protegidos" pela nova lei.
Estes profissionais entraram com recurso na Justiça solicitando o direito de continuar explorando os táxis. O secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Miguel Passini, afirma que a prefeitura apenas está cumprindo uma lei que foi aprovada pela Câmara e discutida durante três anos com a categoria.
_ Se o objetivo da nova lei era contemplar todos, não precisaríamos de uma nova lei. Em qualquer processo, alguém fica de fora. Não houve má interpretação da lei por parte do Executivo _ diz Passini, garantindo que nã"