Açudes cheios asseguram colheita

Para o arroz, as previsões de tempo quente e chuvas dentro da normalidade, e não excessivas, são notícias boas. Com os açudes cheios, produtores já garantiram toda a água que será usada durante o desenvolvimento do cereal. Por isso, mesmo se, ao contrário do que dizem os meteorologistas, o tempo ficar mais seco, o calor não compromete a cultura.

- Teremos uma safra muito boa. Na Região Central, alguns produtores tiveram problemas com enchentes em novembro, precisando replantar. Já na Fronteira Oeste, na Campanha e no Sul, as lavouras estão se desenvolvendo bem - diz o presidente da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Osório Dornelles.

Savian, que além da soja planta 50 hectares de arroz em Santa Maria, prevê algum prejuízo em decorrência da alta umidade do começo do mês. Porém, como terminou de semear em novembro, a área não deve ficar exposta a temperaturas mais baixas em março.

Sol poderá castigar hortas

Durante a estiagem que afetou todo o Estado no verão 2011/2012, além das perdas expressivas nas principais lavouras de grãos, o abastecimento de hortigranjeiros ficou comprometido na região. Com base na previsão para este verão, que será típico, com temperaturas máximas ao redor de 30ºC, os olericultores precisarão se prevenir e proteger as hortas do calor para garantir a qualidade, em especial as folhosas. A umidade excessiva, como a do fim de novembro, também não é ideal, já que favorece o aparecimento de doenças.

- Quando a alface, por exemplo, fica muito exposta ao sol, ela fica mais dura ao paladar. Por isso, recomendamos que os produtores usem sombrite, para proteger um pouco do calor excessivo, e irrigação, caso haja períodos longos sem chuva. É melhor ter menos área e de melhor qualidade - diz o assistente técnico regional para a olericultura e a fruticultura da Emater, Alfredo Schons.

Mesmo em períodos de clima ameno, a produção regional de hortaliças é pequena, e a demanda acaba sendo suprida por fornecedores de Porto Alegre ou até de São Paulo. No verão, a situação costuma agravar-se e, com isso, o preço dos produtos acaba subindo.

Confira no link abaixo a previsão climática para este verão