A trajetória do advogado de Santa Maria que virou desembargador

Leandro Belles

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Um dos mais conhecidos advogados de Santa Maria e nome influente nos bastidores da política local, Sérgio Blattes, 60 anos, assume uma vaga como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado. A posse ocorre no próximo dia 15, em Porto Alegre, novo destino para Blattes pelos próximos 10 anos. Ele pretende cumprir o prazo máximo como desembargador, como determina a lei, quando completar 70 anos será aposentado compulsoriamente. 

Com 37 anos de advocacia, principalmente nas áreas do Direito cível, criminal e trabalhista, Blattes chega ao ápice de sua profissão após ter seu nome indicado para o cargo por duas vezes. A primeira, em julho deste ano, ele foi o mais votado em uma lista de seis nomes indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ao Tribunal.

O TJ repassou uma lista tríplice, com Blattes incluído, ao governador Tarso Genro (PT), mas ele não foi confirmado. A segunda vez ocorreu em novembro, quando o santa-mariense ficou na segunda colocação entre os mais votados e, desta vez, teve o nome chancelado por Tarso.

Só o TJ tem em torno de 120 desembargadores. A OAB, junto com o Ministério Público, pode indicar até 20% dos juízes do mais importante tribunal do judiciário gaúcho _ o restante é composto por juízes de carreira.  Casado e pai de dois filhos, e recentemente avô (no ano passado nasceu o primeiro neto), o advogado acredita que começa um novo ciclo profissional, agora, como magistrado: 
_ Sempre fui advogado. Um militante. Nunca fiz um concurso. Mas, por algumas influências, vi que poderia exercer a função pela experiência.

Além da advocacia, Blattes teve forte atuação na vida política e pública. Ele foi diretor de Recursos Humanos do Banrisul (na década de 1980), delegado regional do IPE, vereador por dois mandatos (entre 1977 e 1988, primeiro pelo Arena e, depois, pelo PMDB), e também concorreu a vice-prefeito em 1988, na chapa de Osvaldo Nascimento, e a prefeito em 1996.

Em cerca de 40 minutos de conversa com o "Diário", na última quinta-feira, Blattes falou sobre a conquista, a família, experiência na política e os desafios do novo cargo. Destacou a despedida das atividades como  professor (até então, era docente na Unifra) e no escritório de advocacia, já que, em função do novo cargo,  não poderá mais advogar. Comedido, não quis falar sobre os casos mais importantes  em que atuou como advogado.

Outros nomes da cidade

Além de todos estes assuntos, durante o bate-papo, o terceiro nome de Santa Maria ao chegar ao cargo (os outros foram Walter Jobim Neto e Carlos Alberto Robinson, esse último desembargador do Tribunal Regional do Trabalho) não esconde a satisfação pela conquista:
_ Eu não sabia que poderia ter esse reconhecimento.

* Confira a entrevista completa no Diário deste fim de semana 

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