entrevista

'Não concordo em ficar fechado e pagar todos os impostos', afirma cabeleireiro

18.398

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Wander Schlottfeldt (Diário) 

Em entrevista, nesta terça-feira ao Direto da Redação, da TV Diário, o cabeleireiro Lucimar Casagrande, dono do Lucimar Casagrande Coiffeurs, falou sobre a atividade dos salões de beleza durante a pandemia. Os empreendimentos ficaram fechados por três semanas. Confira a entrevista completa. 

   

 Diário - Qual a sua avaliação sobre a situação atual?

Lucimar Casagrande - Realmente é uma situação muito difícil. Já vínhamos com uma economia instável e, este ano da pandemia, realmente teve uma queda muito grande, principalmente nos últimos meses em função de não poder ter eventos, quando os salões de beleza, nas sextas e sábados, tinham o maior movimento. Janeiro e fevereiro sempre foram os meses mais calmos, e nos defendíamos com as festas e formaturas que haviam.

Diário - O que representa essa diminuição de clientes?

Lucimar - Com essa situação, ficou realmente complicado, principalmente com os 12 colaboradores que temos dentro da empresa, onde temos que buscar recursos em bancos. Neste mês, por exemplo, eu tive que pedir para o meu pai para a gente poder sobreviver. Por mais que a gente tenha história, três semanas fechados foi muito complicado para a gente.

Região recebe mais de 18 mil vacinas contra a Covid-19 nesta terça-feira

Diário - O salão fez alguma ação diferente para chamar a atenção dos clientes?

Lucimar - Tentamos fazer um atendimento personalizado nas casas, mas é uma situação bastante complicada porque você não tem segurança total para ir até a casa do cliente. Muitos estão aprendendo gastronomia para poder se defender.

Diário - O que o governo poderia fazer para que as empresas não fechem as portas?

Lucimar - Não concordo com estarmos fechados e cobrarem todos os impostos. Uma vez que facilitassem a cobrança, já que queremos trabalhar e não nos permitem, não cobrar os impostos já seria uma grande ajuda.

Empresário Gustavo Jobim fala sobre o momento da construção civil em meio à pandemia

Diário - No seu caso, alguns incidentes acabaram trazendo mais prejuízos, como um furto.

Lucimar - Lamentavelmente, sofri três tentativas na minha empresa. A primeira, como temos uma rede trifásica, foi um vandalismo. Eles cortaram o cabo neutro. De manhã, quando chegamos, houve uma explosão, pegou fogo e tivemos que usar os extintores. Todo o equipamento que eu tinha conectado queimou. Há 10 dias, entraram de novo e, mesmo com câmera e alarme, arrombaram a porta e furtaram cerca de R$ 10 mil. Todos os acessórios de noiva, brincos de cristais, foi furtado. Lamentavelmente, há três dias, cortaram de novo o cabo de luz.

Diário - E o futuro?

Lucimar - Acho que o plano é agradecer a Deus e que a gente está vivo, com persistência, garra e com vontade. Sempre com esperança. Infelizmente, não dá para ter uma perspectiva, pois imaginávamos que, agora, iria ser um momento melhor, e a pandemia está aí.  

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Mega-Sena sorteia nesta quarta-feira prêmio estimado em R$ 22 milhões

Próximo

Empresário Gustavo Jobim fala sobre o momento da construção civil em meio à pandemia

Economia