reportagem especial

VÍDEOS: de Wuhan a Dilermando de Aguiar, o contrastante impacto da rotina durante a pandemia

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Rotina em Formigueiro também foi afetada pela Covid-19

Descoberto em Wuhan, na China, ainda em dezembro de 2019, o novo coronavírus se espalhou por todo o globo terrestre e impactou de diversas formas o cotidiano de todas as culturas. Nos 39 municípios que compõem a área de cobertura do Diário, a situação não é diferente. Cada um tem suas peculiaridades e enfrenta a ameaça, que chegou por essas terras em meados de março, de forma particular. O Diário passou por cinco desses municípios para entender qual a nova realidade com a pandemia e como o coronavírus afetou a rotina diária das pessoas longe dos grandes centros urbanos.

Entre Santa Maria, São Sepé e Restinga Sêca, fica a simpática Formigueiro, uma cidade que passou por apuros em maio. O primeiro caso foi notificado bem mais tarde que nos municípios limítrofes, mas o grande número de confirmações em pouco tempo aterrorizou a população de pouco mais de 6 mil habitantes. Agora, com 100% recuperados, Formigueiro busca se manter longe da Covid e evitar novos casos de contaminação. Por outro lado, São Gabriel ainda espera pelo pico da doença. Com mais de 200 casos confirmados desde a metade de maio, o município endurece medidas e visa acabar com aglomerações.

Até mesmo onde o vírus ainda não chegou, o cenário foi alterado. Na pouco povoada Dilermando de Aguiar, com 3 mil habitantes, as aglomerações, antes raras, agora praticamente inexistem. Tanto é que a enfermeira Patrícia Borba, que atua na área Covid da UBS do município, acredita estar mais segura ali do que em Santa Maria, distante 46 km, onde mora. Santa Maria, a maior cidade da região, já contabiliza mais de 600 casos e 17 mortes.

Menor ainda é São João do Polêsine, da Quarta Colônia, com seus 2,6 mil habitantes. Com uma confeitaria de frente para a Igreja Matriz, Antônio Rodrigues, de 83 anos, viu o movimento cair 50% e a circulação de turistas praticamente cessar. O município tem apenas dois casos confirmados de Covid-19.

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Polêsine é uma das menores cidades da região

A cerca de 45 quilômetros dali, o taxista (foto acima) Norato Alves da Silva, de 66 anos, também percebe o mesmo fenômeno enquanto trabalha no ponto da Praça Domingos Gonçalves Mostardeiro, no centro de Restinga Sêca, cidade com 25 casos da doença. Ele diz não ter medo, mas, mesmo assim, se obriga a utilizar a máscara, item adotado por quase toda a população.

Dos 497 municípios do Estado, 409 já confirmaram casos de Covid-19. A ameaça, ainda presente, também parece estar longe de deixar o cotidiano dos habitantes da região.

Dilermando de Aguiar

A CIDADE ONDE A DOENÇA NÃO CHEGOU

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Apesar de não ter casos confirmados, Dilermando de Aguiar tem espaço específico para atendimento de casos suspeitos

Imagine o cenário ideal de isolamento e prevenção ao contágio do novo coronavírus: ruas e praças vazias, sem aglomerações ou grande circulação de pessoas. Este é o cotidiano natural de Dilermando de Aguiar, com 3.014 habitantes, conforme o IBGE, e densidade demográfica de apenas cinco pessoas por quilômetro quadrado, abaixo da média nacional, que é de 22,43 hab/km². Tais características ajudam a deixar cidade entre os 18% de municípios ainda livres da Covid-19 no Rio Grande do Sul.

Por lá, área urbana e rural se confundem. É possível atravessar o Centro sem avistar uma única pessoa. Da praça central, nas proximidades da igreja, a vista para um dos lados dá para um campo, onde pastam algumas cabeças de gado. Não há nenhuma restrição de circulação na simpática pracinha. E não é necessário. Pela manhã, sentado em um dos bancos, pode-se levar muitos minutos para visualizar uma pessoa. Na área das crianças, a areia não tem sinal de ter sido usada e no campinho de futebol, a grama está alta.

- Me sinto mais seguro aqui. O fluxo de pessoas é bem menor - comenta Tiago Tasquetto, 38 anos, que é motorista do transporte escolar no município.

Entretanto, a cidade está em alerta, e a rotina dos moradores, acostumados com a pacata vida longe de grandes centros, passou por transformações desde que a pandemia foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na última segunda-feira, Tasquetto foi testado para o novo coronavírus na única Unidade Básica de Saúde (UBS) em funcionamento, já que outra, no interior, foi fechada no começo da pandemia para que todos os atendimentos fossem centralizados. Uma servidora da educação que trabalha em Dilermando, mas que mora em Santa Maria, testou positivo, e todas as 15 pessoas que tiveram contato com ela passaram pela testagem. Tasquetto, assim como os outros 14, receberam resultados negativos para a doença.

Dilermando não tem hospital, então, é a UBS que faz os primeiros atendimentos. Para casos de Covid-19, o município de referência é Agudo. Para demais doenças, é São Pedro do Sul, distante cerca de 10 quilômetros.

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Município realizou 28 testes rápidos durante a pandemia

Quem tem sintomas de coronavírus nem entra na UBS. Uma sequência de setas amarelas pintadas no chão, pela lateral do prédio, encaminham o paciente para uma área isolada, onde atuam profissionais com equipamentos de proteção.

- Aqui, o pessoal tem uma cultura diferente, segue as orientações. Infelizmente, em Santa Maria, a gente não vê isso - diz a enfermeira coordenadora do setor de epidemiologia do município, Patrícia Tondo Borba, 48 anos.

Santa-mariense, a profissional trabalha há duas décadas em Dilermando de Aguiar e, desde março, na área Covid da UBS.

"A COVID, COM O BENEFÍCIO EMERGENCIAL DO GOVERNO FEDERAL, ATÉ INJETOU MAIS RECURSO NO MUNICÍPIO", DIZ PREFEITO

O primeiro caso suspeito em Dilermando foi registrado no dia 24 de março, o de uma idosa, de 60 anos. Desde então, conforme a secretária de Saúde, Bárbara Brum, foram realizados 32 testes. Quatro no modelo RT-PCR, e outros 28 testes rápidos:

- Cada semana que a gente passa sem caso positivo, a gente comemora.

Em março, a prefeitura organizou um comitê de combate à doença e montou um ateliê de costura que produziu e distribuiu mais de 6 mil máscaras gratuitamente, duas para cada munícipe.


Um novo decreto com medidas restritivas está em debate. O município segue as restrições da bandeira laranja do Modelo de Distanciamento Controlado do governo estadual. Porém, Dilermando não tem indústrias e a atividade comercial é pequena - são cerca de 15 estabelecimentos. Com isso, o comércio não essencial não foi fechado, e os impactos foram pequenos.

- Como não somos um município industrial e temos comércio pequeno, a Covid não nos trouxe perdas. Para a agricultura e a pecuária, o grande problema foi a seca. Perdemos em torno de 50% da produção. Até digo mais: a Covid, com o benefício emergencial do governo federal, até injetou mais recurso no município - explica o prefeito José Claiton Sauzem Ilha (MDB).

EMPREENDIMENTO
A Cafeteria Pub Coffee ilustra a tese do prefeito. O estabelecimento, em diagonal à prefeitura, abriu em março e vem conseguindo se manter, mesmo sem ter um evento de inauguração, e com movimento noturno quase parado.

- Antes, era mais movimentado. As escolas e a prefeitura tinham trabalho em hora integral. Agora, nos mantemos com funcionários da prefeitura e do posto de saúde, que vêm e almoçam - conta a confeiteira Greice Kelly, de 29 anos.

O prefeito também descarta medidas, como um toque de recolher noturno:

- Toque de recolher para quem? À noite tem pouca gente.

Dilermando não é uma cidade isolada. A ameaça da doença existe, pois há um fluxo constante de pessoas que procuram serviços e comércio em São Pedro do Sul, cidade vizinha, que tem três casos de coronavírus. Também há quem vá a Santa Maria, epicentro da doença na região, diariamente. Os outros dois municípios limítrofes, São Vicente do Sul e São Gabriel, confirmaram casos.

- Pelo que a gente acompanha, acho que é inevitável termos algum caso. Por mais cuidados que a gente tome, ele vai acabar chegando. A gente espera que seja o mais longe possível, e, de repente, já tenha até vacina - relata o prefeito. 

Formigueiro

O PEQUENO MUNICÍPIO   QUE VIU O NÚMERO DE CASOS DISPARAR 

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Foto: Renan Mattos (Diário)

No município de Formigueiro é assim: ou você sabe de alguém que foi infectado pelo novo coronavírus ou você é um dos 81 casos confirmados de contaminação. Com uma população estimada pelo IBGE de 6,6 mil pessoas, a cidade em que quase todo mundo se conhece também tem a maior incidência de casos por habitante da Região Central e a 13ª do quesito no Estado.

O município passou por uma situação de surto da doença cinco meses depois dos primeiros relatos mundiais, e a recomendação de ficar em casa tem sido levada a sério pela maioria da população.


Na manhã do dia 26 de junho, por exemplo, dois calceteiros faziam reparos em uma das vias da principal avenida da cidade sem se preocupar com sinalização ou com a passagem de veículos. No mesmo ponto, um caminhão percorreu mais de 100 metros na contramão sem receber buzinaços, já que não havia ninguém para isso.

Com o passar da manhã, os moradores começaram a se aventurar pelas ruas para ir ao banco, lojas ou até mesmo tentar voltar a uma normalidade e conversar com vizinhos. Com todas as 81 pessoas recuperadas da doença, hoje, algumas já optam por não usar máscaras, um pensamento bem diferente de um mês e meio atrás.

- No começo, a gente tinha uma coisa em mente: todo mundo ia morrer. Essa foi a imagem que a gente recebeu do país, da mídia, um terrorismo e uma falta de informação - diz o prefeito Jocelvio Gonçalves Cardoso (MDB), conhecido como Xiru.

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Jocelvio Gonçalves Cardoso, prefeito de Formigueiro

Formigueiro decretou calamidade pública em 21 de março, mas apenas em 18 de maio foram confirmados os dois primeiros casos de coronavírus. Dois dias depois, já eram 20 confirmações, entre elas de profissionais da saúde, o que levou a prefeitura a sanitizar o Hospital Dr. Pedro Calil e outras três unidades de saúde. No fim de maio, já eram 74, mas, a essa altura, 47 estavam recuperados.

O rápido crescimento no número de confirmações preocupou a população. Porém, em 25 de junho, todos os 81 casos confirmados estavam livres do vírus. Isso porque o município testou servidores e incentivou a população a fazer exames por conta própria. Um e-mail específico foi criado pelo poder público para que os cidadãos comunicassem os resultados dos testes particulares.

- Constatamos números superiores ao que a gente imaginava. Mas foi uma situação tranquila. A testagem foi a diferença - relata Xiru.

Ao todo, 346 testes foram realizados, sendo 13 do tipo RT-PCR e 333 de teste rápido sorológico e demais testes rápidos. Nenhum óbito foi registrado.

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Foto: Renan Mattos (Diário)

O índice de testagem de Formigueiro (51 a cada 1 mil habitantes) supera em mais de três vezes a média brasileira (14 testes a cada mil habitantes, conforme o site Worldometers, que compila dados do novo coronavírus pelo mundo).

O produtor rural Marcos Chaves, 39 anos, que, nas sextas-feiras, sempre monta uma barraca na praça central para vender produtos embutidos de carne suína, ainda sente a queda no movimento. Segundo ele, a diminuição na comercialização é de cerca de 60% desde o começo da pandemia.

- O movimento estava bem restrito. Agora já está crescendo, começando a voltar ao normal, mas ainda está distante - conta.

APÓS O SUSTO DO DIAGNÓSTICO, ALÍVIO E APRENDIZADO

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Funcionário da prefeitura, Bruno Halberstadt foi um dos infectados pelo coronavírus em Formigueiro

Em salas que ficam lado a lado na prefeitura, trabalham o assessor jurídico Bruno Halberstadt, 30 anos, e a chefe do setor de patrimônio, Clarice Massirer de Vargas, 36. Ambos testaram positivo para a doença. Bruno soube em 23 de maio, e Clarice, no dia 26.


- Na hora, fiquei tenso. Minha maior tensão foi quando percebi que tive contato com minha mãe, com pessoas próximas. Fiquei imaginando se contaminei outras pessoas. E, a partir do teste, realmente me isolei - conta Bruno, que ficou em casa por 13 dias e teve dor de cabeça leve.

No começo de março, ainda quando surgiram os primeiros casos no país, Bruno esteve em São Paulo para uma formatura com mais de 5 mil pessoas. No retorno, ele presenciou cenas que, à época, pareciam estranhas: pessoas com máscaras no aeroporto e mantendo o distanciamento.

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Foto: Renan Mattos (Diário)
Clarice Massirer de Vargas testou positivo para a Covid-19 em 26 de maio

Já Clarice se isolou por sete dias, com os dois filhos, de 12 e 14 anos. Ela teve dor de cabeça e dores leves no corpo. Para ela, a vida pós-Covid será diferente:

- Pelo que via na TV, imaginava que o vírus chegaria aqui. A quantidade de pessoas infectadas foi grande, não esperava tantas. Antes, a gente vivia correndo, cheio de compromissos. E, com esse vírus, a gente é obrigado a ficar em casa. Por mais que queira estar com um amigo ou familiar, não pode. Isso faz valorizar mais as pessoas - afirma Clarice.

São Gabriel

MUNICÍPIO APOSTA EM TESTES PARA FREAR O CRESCIMENTO DE ÓBITOS 

A Terra dos Marechais é, atrás de Santa Maria, a cidade com os números mais alarmantes em relação a contaminados e óbitos relacionados ao novo coronavírus. Até a última quinta-feira, conforme os boletins da prefeitura, São Gabriel registrava 229 casos confirmados e nove mortes. Os dados começaram a crescer a partir da metade de maio. No dia 19, eram sete casos confirmados. Em 5 de junho, já somavam 100. O período coincide com o início de uma parceria para testagem em massa de pacientes sintomáticos firmada com a Universidade Federal do Pampa (Unipampa). Conforme o prefeito Rossano Gonçalves (PL), São Gabriel aposta na testagem, no conhecimento da real situação e da periódica sanitização da cidade.

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Foto: Prefeitura de São Gabriel (divulgação)
Ação de sanitização em área pública do município

- São Gabriel, proporcionalmente à população, foi a que mais testou a sua comunidade, com 1,2 mil testes feitos - conta.

Até o momento, o município realizou cerca de 20 testes a cada mil habitantes, número acima da média nacional.

Os atendimentos a pacientes com sintomas foram centralizados e retirados das unidades de saúde e da Santa Casa, hospital com 18 leitos de UTI, que também trata pacientes com Covid-19.

- No momento que coleto material de uma pessoa e dá positivo, todas da mesma casa já ficam isoladas. Então, tiramos da rua, em média, para cada caso positivo, umas cinco pessoas. Em 10 dias, fazemos testes rápidos com os que tiveram contato (com o caso positivado). Certamente, de cada cinco, três vão dar positivos. Então, se vê o aumento do número de casos, pois estamos investigando e fazendo mais testes - explica a médica Katia Raposo Pereira, chefe do Comitê de Combate à Covid-19.

A médica, contudo, considera a curva de contaminação na cidade em crescimento e espera um pico na segunda semana de julho.

São Gabriel é a segunda cidade da região com mais óbitos, e a 17ª do Estado, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.

HÁBITOS

Nas ruas, os hábitos dos gabrielenses também mudaram. Conforme o prefeito, o município atua no combate às aglomerações:

- A gente já vê 95% de pessoas usando máscara nas ruas. O problema é a aglomeração em espaços públicos, avenidas, praças. Nós estamos fiscalizando: mais de três pessoas já é considerado aglomeração.

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Foto: Prefeitura de São Gabriel (divulgação)
Movimento em áreas centrais de São Gabriel

Para o prefeito, o comércio não é um dos principais responsáveis pela disseminação do vírus. O município, inclusive, foi contra a mudança de bandeira para vermelha dentro do modelo de distanciamento controlado do governo do Estado, na semana do dia 15 de junho. Com a nova bandeira, o comércio não essencial teria de ser fechado, o que não ocorreu. À época, o prefeito considerou que os dados utilizados como critérios não condiziam com a realidade local. Atualmente, o município está sob bandeira laranja, que permite o funcionamento dos estabelecimentos, mas sob medidas de restrição.

UNIPAMPA FEZ CERCA DE MIL EXAMES 

Desde 14 de maio, o campus de São Gabriel da Unipampa faz testes RT-PCR para detectar a presença do coronavírus. O trabalho, coordenado pelo biólogo e doutor em neurociência Jeferson Luis Franco já realizou cerca de mil testes para municípios da região. Cerca de 700, para São Gabriel.

- Não se pode ter medo do número. Tem que ter medo de não conhecer o número real. Uma vez que você sabe quem são as pessoas positivas, a vigilância epidemiológica consegue fazer o trabalho de cercamento. Não é por que aparece mais números que significa que está um caos. Significa que o município está conhecendo a real situação - explica Franco.

Um dos lemas do laboratório é "quem testa mais, tem menos casos". Conforme Franco, após cerca de um mês e meio de testagem, já seria possível observar uma leve diminuição de casos positivos da doença, o que não significa que o pico de contaminação já foi atingido, conforme também acredita médico pneumologista Nilson Souto Pereira, 59 anos.

A propósito, o pneumologista recebeu a notícia de que estava contaminado com o novo coronavírus no dia 20 de maio. No dia 17, ele começou a sentir sintomas leves, como febre e dor de cabeça, e se afastou do trabalho na linha de frente de combate ao coronavírus, na Santa Casa, em seu consultório e em um posto de saúde. No dia em que realizou o teste RT-PCR, já não apresentava mais sintomas. Em 4 de junho, ele retomou a rotina de trabalho.

- Foi terrível. Tive a sensação de que o mundo caiu. Eu jamais imaginava que fosse estar positivo, apesar de estar na linha de frente. Eu já estava assintomático quando veio o diagnóstico e foi um horror. Fiquei perplexo por um tempo, depois fui me acostumando e fui aceitando. Acredito que o mês de julho vai ser crucial. Se não tomarmos medidas, os casos vão aumentar. Nós temos uma ótima estrutura de saúde, mas se não houver uma conscientização de todo mundo, poderemos ter uma sobrecarga. O pico ainda não chegou - afirma o médico.

* colaborou Felipe Backes


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