O Palácio Piratini e a oposição na Assembleia Legislativa travam uma queda de braço sobre a abertura da comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar a prestação de serviços das concessionárias de energia elétrica, alvo de centenas de reclamações em todo o Estado pela demora no atendimento durante temporais.
O pedido de CPI, de autoria do deputado Miguel Rossetto (PT), tem, por enquanto, 18 das 19 assinaturas necessárias. O governo Eduardo Leite (PSDB) pressiona sua base a não assinar a criação da comissão, uma vez que haverá desgaste ao Piratini, que, além de defensor das privatizações, foi na gestão tucana que parte da CEEE foi vendida para a CEEE Equatorial, concessionária que lidera as queixas da população.
Por outro lado, a oposição pressiona deputados em busca de mais um voto e tenta atrair o PDT, aliado do Executivo.
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Quinta-feira, na posse do novo presidente da Assembleia, Adolfo Brito (Progressistas), o governador Leite e seu vice, Gabriel Souza (MDB), estiveram no Parlamento para participar da cerimônia. No mesmo plenário, deputados da esquerda, entre eles Valdeci Oliveira (PT, foto à dir.), exibiram cartazes pedindo a abertura da CPI.
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Independentemente da queda de baço, as concessionárias, CEEE Equatorial e RGE Sul, precisam ser cobradas, fiscalizadas e, sobretudo, responsabilizadas pelo péssimo atendimento à população.
Esquerda e deputados da direita no mesmo lado
A criação da CPI para investigar o atendimento das concessionárias de energia elétrica coloca do mesmo lado o bloco da esquerda e representantes da direita na Assembleia.
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Isso porque o requerimento para a abertura da comissão é assinado também pelos deputados Rodrigo Lorenzoni (PL), Kelly Moraes e Paparico Bacchi, todos do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O pedido é assinado, ainda, pelo Capitão Martim, do Republicanos, sigla que recentemente ingressou na base do governo Leite.