A tecnologia que vai revolucionar o mercado de alimentos e bebidas saudáveis

Thaiane Marques

A alimentação saudável contribui com o aumento da disposição, autoestima, diminuição do estresse e ansiedade, melhora da qualidade do sono, além de prevenir uma série de doenças, como: anemia, hipertensão, distúrbios metabólicos, problema renal, intestinal, entre outros.


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Dessa forma, o consumo de alimentos saudáveis vem ganhando destaque entre os brasileiros e foi acelerado pela pandemia. Em 2020, as vendas desses produtos atingiram R$ 100 bilhões no Brasil, segundo a Euromonitor Internacional. 


Os segmentos de saudabilidade e bem-estar têm apresentado crescimento contínuo, como pode-se observar pelo mercado de alimentos funcionais mundial que foi avaliado em 178 bilhões de dólares em 2019, e estima-se que alcance 268 bilhões em 2027, o que representa uma taxa de crescimento anual de 6,7% (Allied Market Research, 2021). De acordo com o mesmo estudo, os probióticos detêm a maior participação desse segmento e apresentam a maior expectativa de crescimento.

 

Indústrias
Nesse sentido, tem se observado que as indústrias possuem dificuldade na incorporação de nutrientes e compostos benéficos nos alimentos devido a instabilidade que os mesmos apresentam como: degradação química durante exposição à luz, oxigênio, calor e armazenamento prolongado. 


Além disso, interações com a matriz alimentar, também podem ocorrer, ocasionando efeitos indesejáveis sensorial e/ou visualmente no produto final. Assim como, as substâncias químicas podem reagir quando combinadas entre si e formar fermentações alimentares.

 
Entre esses ingredientes de interesse alimentar, se encontram os probióticos, que são microrganismos vivos, benéficos para o corpo e ajudam a regular a microbiota intestinal, como algumas bactérias (mais comuns, Lactobacillus e Bifidobacterium) e leveduras como Saccharomyces boulardii. Eles estão presentes em alimentos fermentados, que você já deve ter consumido, como: iogurtes, leite fermentado, kombucha, picles, kefir, entre outros.


Lacuna nas opções
Entretanto, verifica-se que a grande maioria dos produtos disponíveis no mercado são de origem láctea, observando uma grande lacuna nas opções disponíveis para o consumidor que busca por diferentes produtos ou que possui alguma restrição alimentar, como intolerância à lactose, alergia à proteína do leite de vaca ou procure por produtos veganos com probióticos.

 
Outro item a ser destacado, é que não se sabe se os probióticos presentes nesses alimentos citados acima, realmente irão permanecer vivos durante a digestão, pois o suco gástrico presente no estômago, pode matar os microrganismos ou diminuir a quantidade que chega disponível no intestino, onde realmente ocorre a ação efetiva dos probióticos.

 
Sob a ótica da saúde e nutrição, novas tecnologias estão surgindo para produzir e formular alimentos nutritivos e novas variações de alimentos mais saudáveis, ao mesmo tempo considerando preocupações ambientais, mudanças climáticas e solucionar os desafios de incorporação dos compostos benéficos ou de interesse alimentar.


Tecnologia
Nesse sentido, a tecnologia de microencapsulação é de extrema importância. A microencapsulação pode ser entendida como uma película que reveste e protege o ingrediente sensível. Também, podemos fazer uma analogia às cápsulas de medicamento, contudo, a microencapsulação produz cápsulas em tamanho micrométrico, ou seja, o produto só pode ser visualizado com o auxílio de um microscópio.

 
Essa tecnologia é capaz de proteger o ingrediente sensível durante a fabricação e período de prateleira dos alimentos e bebidas, bem como, protege-os frente às condições do nosso sistema digestivo, fazendo com que o ingrediente chegue praticamente intacto no local desejado para sua ação, processo este conhecido como liberação inteligente ou controlada. 


Assim, essa tecnologia faz todo sentido para as indústrias que buscam tornar seus alimentos mais saudáveis e atrativos ao consumidor, podendo até mesmo aumentar seu diferencial e competitividade frente aos concorrentes.

 
Sendo assim, a Weecaps é uma foodtech, localizada na incubadora do Parque Tecnológico, o InovaTec, da Universidade Federal de Santa Maria, criada para desenvolver soluções para a proteção de ingredientes sensíveis, através da microencapsulação, para aplicação em alimentos e bebidas, com o intuito de ampliar o bem-estar e a saúde da população, além de tornar os alimentos mais saudáveis e com alto valor nutricional agregado. Por isso, essa tecnologia vai revolucionar o mercado de alimentos e bebidas saudáveis.

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