O projeto que institui e inclui no calendário oficial de Santa Maria o Dia Municipal do Cristão, de autoria da vereadora Roberta Leitão (Progressistas), motivou um longo debate ideológico entre direita e esquerda na terça-feira, a exemplo do que tem ocorrido em outras sessões.
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Na Tribuna, parlamentares travaram uma disputa acerca do lado que Deus e Jesus Cristo estariam. A discussão conturbada com provocação entre parlamentares e manifestantes nas galerias teria se acirrado por uma atividade das religiões de matriz africanas, capitaneada pela petista Helen Cabral, ocorrida, na última segunda-feira, no Legislativo.
“Peço que contenham os ânimos, eu preciso conduzir essa sessão”, apelou o presidente da Casa, Givago Ribeiro (PSDB), por mais de uma vez. Embora a Câmara seja um espaço democrático, talvez não seja o local adequado para discutir de forma acentuada a religião ou misturar com política, independentemente de direita ou esquerda. Afinal, o Brasil é um Estado laico, ou seja, não tem religião oficial.
O projeto acabou aprovado por 16 votos favoráveis e três contrários – Helen, Marina Callegaro e Valdir Oliveira, todos do PT. E será celebrado na última semana de dezembro. Ao final, a vereadora Luci Duartes (PDT), Tia da Mota, resumiu a discussão. “Religião se faz praticando, não vindo para a Tribuna dizendo: sou contra ou a favor. Religião se faz com a fé”.