Deni Zolin

Sindicato dos motoristas e cobradores exige vacinação e cogita paralisar transporte coletivo

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

O agravamento da pandemia do coronavírus, com pessoas mais jovens com casos mais sérios da doença e mortes por Covid de mais de um trabalhador do transporte coletivo, aumentou a preocupação dos funcionários das empresas de ônibus na cidade. Segundo o Rogério Santos da Costa, presidente do Sitracover, sindicato que representa a categoria, nos últimos tempos, muitos cobradores e motoristas começaram a ficar com medo e passaram a cobrar a entidade para que tomasse uma atitude. No dia 6 de abril, o Sitracover enviou ofício ao prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) cobrando pela vacinação da categoria, mas a entidade diz que não recebeu resposta alguma. Segundo ele, a indignação é tanta, que os trabalhadores cogitam até paralisação do transporte coletivo.

- Enviamos o ofício, e a prefeitura não respondeu. Enviei uma mensagem de WhatsApp ao secretário Ponsi, que também não respondeu. Estamos achando uma falta de respeito com a categoria. Nos governos anteriores, as respostas eram rápidas, tinham consideração com os trabalhadores do transporte. Eu fico recebendo pressão da categoria, e eu não recebo respostas da prefeitura - critica Costa.

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Segundo ele, no começo da pandemia, houve um trabalho de esclarecimento dos trabalhadores dos ônibus, de que o transporte coletivo é essencial para a população.

- Nada contra vacinar funcionários das farmácias. Teria de vir para vacinar todo mundo. Mas está vindo a pinga gotas. Lá no início, seguramos a categoria e acalmamos o pessoal. Entramos em contato com as empresas para disponibilizar álcool gel e máscara, e até agora a categoria está de testa de ferro, porque não era possível parar o transporte porque iria prejudicar a população e a parte mais humilde da comunidade. Mas agora, tem aumentando o índice de trabalhadores com Covid. Alguns casos de óbitos também. É bem lógico do trabalhador e de a gente estar com medo. O pessoal fica apavorado. É cogitada até uma paralisação. Isso já ocorreu em várias cidades. São Paulo prometeu vacinar os trabalhadores do transporte em maio. A alternativa é pedir para o poder público tentar uma solução. Mas a gente sabe que as coisas são difíceis. Deveria ter comprado vacina de tudo que é país e que é marca. Talvez hoje não teria morrido tanta gente e a economia já teria sido retomada - afirmou o presidente do Sitracover.

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Questionado, o Executivo municipal respondeu às críticas por meio de nota: "A prefeitura reconhece a importância desses profissionais na prestação de serviço essencial à população, bem como reconhece a exposição desses trabalhadores. Porém, os gestores municipais não possuem competência para definir o público-alvo da vacinação contra a Covid-19. Todos os municípios obedecem ao Plano Nacional de Imunização (PNI) e a pactuação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB/RS) para que as campanhas sejam uniformes em cada estado. O ofício já está sendo encaminhado para a categoria. Sobre a ameaça de paralisação do serviço, a prefeitura reforça que se trata de um serviço essencial, e que sempre esteve ao lado dos trabalhadores durante a pandemia, seja fiscalizando as empresas no fornecimento dos EPIs necessários como também fornecendo materiais. Portanto, acredita-se na sensibilidade da categoria para que a população não seja afetada."


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