Esta semana, a coluna vem cobrando de autoridades políticas e empresariais de Santa Maria e região para que retomem pedidos importantes de obras essenciais para a cidade e a região. Uma delas é a Faixa Nova de Camobi, que precisa urgentemente de duplicação. Nesta quarta, o governador Eduardo Leite esteve na cidade. E questionado pelo Diário sobre a duplicação da Faixa Nova, ele desconversou e só falou que o edital de concessão da RSC-287 vai sair na semana que vem, para que o leilão saia até 20 de dezembro. Porém, Leite esqueceu - ou fingiu que esqueceu - que a Faixa Nova não está no projeto de concessão de pedágios e para duplicação da rodovia.
Na prática, não há nenhum projeto sendo tocado e não se vê mobilização alguma na cidade para cobrar das autoridades a duplicação da Faixa Nova.
Deputado defende duplicação da BR-392, de Santa Maria até a BR-290
Diante das cobranças feitas pela coluna, o deputado Paulo Pimenta (PT) afirmou que conversou com o deputado Valdeci Oliveira (PT) para tentar convencer o governo gaúcho a assumir a duplicação, nem que seja com verbas de futuros empréstimos. Até porque, com a concessão da RSC-287, o Estado deixará de gastar na manutenção da rodovia de Santa Maria até Novos Cabrais. Claro que o drama dos cofres do Estado dificulta essa ideia. Pimenta diz que acha inviável municipalizar a Faixa Nova para duplicá-la.
Porém, um empresário do setor afirmou que, nos bastidores, existe alguma possibilidade de essa proposta ser levada adiante nos próximos anos, pois, se for aprovado o projeto de recuperação fiscal do Estado pela União, o governo gaúcho ganhará um respiro e terá novamente capacidade de obter novos empréstimos. Se isso ocorrer, haveria a intenção de fazer um financiamento para bancar o asfaltamento das estradas de acesso das dezenas de cidades gaúchas que ainda não têm ligação por meio de asfalto. E seria possível incluir a Faixa Nova nesse pacote de obras. Porém, isso tudo ainda está no campo das ideias e é incipiente.
Não é fácil conseguir uma solução para duplicar a Faixa Nova, mas o que não podemos é esquecer do assunto. É preciso seguir a cobrança.