Dois doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFSM, na área de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental, estão pesquisando um sistema para criar estações compactas de tratamento de água e efluentes por meio de técnicas de eletrocoagulação-flotação, que dispensam o uso de produtos químicos para fazer a purificação da água e dos efluentes líquidos industriais. O sistema utiliza energia elétrica e processos eletroquímicos para retirar as impurezas da água. Grande parte dessa pesquisa foi financiada pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) visando o desenvolvimento de produtos inovadores na área de saneamento. Uma parte dessa grande proposta foi aprovada pelo programa Doutor Empreendedor, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), que financiará bolsas de pós-doutorado e iniciação científica e um auxílio de custo para despesas intrínsecas ao desenvolvimento da pesquisa.
OPINIÃO: A renúncia de Bolsonaro seria a melhor saída para o bem do Brasil
Segundo a doutoranda Cristiane Graepin, os testes em bancada, no laboratório, comprovaram a eficácia da técnica para tratar a água. Com base nestes testes foi construída uma estação de tratamento de água em escala piloto. As verbas da Fapergs ajudarão na realização de análises fisico-químicas para monitorar a viabilidade do uso desse novo sistema utilizando a eletrocoagulação-flotação e investigar novas áreas potenciais de aplicações, pelos próximos dois anos. Comprovada sua eficácia, este novo sistema poderá substituir os processos de clarificação de água usados atualmente em Estações de Tratamento de Águas e Efluentes.
- Algumas vantagens são que esse sistema permite que as estações de tratamento sejam compactas e portáteis, podendo ser transportadas de um lugar para outro, inclusive em locais de difícil acesso. Diferente das estações atuais, que são feitas com grandes obras - diz Cristiane.
Como diferenciar sintomas de Covid-19, gripe e dengue
Além do apoio da Fapergs, o objetivo é manter a parceria com a Corsan para o desenvolvimento de inovações no tratamento de água. Imagens da estação não são divulgadas porque a tecnologia está sendo patenteada entre os criadores da UFSM e a Corsan.
A pesquisa é feita pela Cristiane, selecionada no Edital da Fapergs, e, pelo doutorando Gustavo Bracher, sob coordenação do professor doutor Elvis Carissimi, com o auxílio de alunos de graduação que são bolsistas de iniciação científica. O projeto foi pré-incubado na Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec), da UFSM. A intenção é concorrer ao edital de incubação, para montar uma empresa start up e explorar comercialmente a tecnologia no futuro.