data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Paciente em isolamento em Santa Maria está no Hospital Geral do Exército (HGe)
Depois que o novo coronavírus provocou mortes e dezenas de casos na Itália e outros países europeus, ficará bem mais difícil evitar a chegada do vírus ao Brasil. Infelizmente, esse caso confirmado em São Paulo possivelmente será só o primeiro, e muitos outros suspeitos, como o de Santa Maria, devem ocorrer - tomara que seja descartada a hipótese de coronavírus e que seja só uma medida de precaução. Um dos problemas é que muitos brasileiros costumam viajar para a Europa a negócios e estavam aproveitando a época de férias e Carnaval para passear pela Itália e outros destinos. Ao retornar, serão potenciais transmissores do vírus, mas é preciso ter cautela e não haver alarmismo.
Região tem dois pacientes isolados com suspeita de coronavírus
Tomara que, devido aos alertas e à ação de hospitais e dos órgãos de saúde, consiga-se manter os pacientes de casos suspeitos e confirmados em isolamento e sob controle. Pois se a doença se espalhar e houver um número grande de casos, em que não haveria condições de monitorar tudo, a situação poderá se complicar, como ocorreu na China.
Esperamos que, até o inverno, o coronavírus já esteja sob controle aqui no país e no mundo. Pois imaginem a hipótese de chegarmos no inverno e haver doentes por coronavírus no Brasil, doença cujos sintomas são semelhantes aos da gripe. Como muita gente já costuma ficar gripada no inverno, pode haver pânico porque as pessoas ficarão com medo de estar com o novo coronavírus, pois se leva um tempo até haver a confirmação ou não da doença. Por isso que, como afirmou ontem o Ministério da Saúde, será fundamental que a população, principalmente os gaúchos, se vacinem contra a gripe este ano, para ajudar a controlar essa doença.
Secretário de Santa Maria volta da Itália e deve ficar isolado em casa por precaução
Vale deixar claro que não há motivos para pânico, mas é importante ficar atento aos cuidados de higiene pessoal e às recomendações em relação a quem viajou ao Exterior e às pessoas que tiveram contato com elas após o retorno.
"É importante salientar que só 10% dos casos exigem suporte"
Procurei na quarta-feira um médico infectologista, que preferiu não ser identificado, e fez o seguinte comentário sobre a situação do coronavírus: "Creio que é um caminho sem volta. Teremos surto em breve. É importante salientar que só 10% dos casos exigem algum suporte respiratório com 2% a 3% de mortalidade. Também vale lembrar que os casos graves ocorrem praticamente na sua totalidade em pacientes já doentes suscetíveis por baixa imunológica, tais como os idosos. Parece que crianças não são tão suscetíveis à doença grave. Ou seja, na prática, não será muito diferente do que a gente já conhece com a outras viroses respiratórias".
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Cuidado ao viajar
As mortes por coronavírus na Itália ainda não têm grandes reflexos no turismo. A agente de viagens da Planalto Turismo Izabela Mortari diz que há clientes em dúvidas, como um que quer trocar a viagem à Itália pela Espanha, mas nenhum cancelamento de pacote até agora.
Novo vírus faz dólar subir a R$ 4,45
Com o temor de investidores ao impacto econômico do coronavírus, o dólar fechou em alta de 1,3%, a R$ 4,451 na quarta. Na máxima, chegou a R$ 4,455. O turismo está a R$ 4,65 na venda.
Os patamares são os maiores valores da moeda americana desde o Plano Real. O recorde do dólar, porém, é nominal. Em termos reais (corrigidos pela inflação), a moeda americana ainda está longe de sua máxima de 2002. Se for considerado apenas o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE, o pico de R$ 4 naquele ano, equivale a cerca de R$ 10,80 hoje. Caso também seja levada em conta a inflação americana, o valor corrigido seria cerca de R$ 7,50. A Bolsa brasileira também reflete a aversão a risco e caiu 7,0%, a 105.718 pontos.
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