Foto: Google Street View (Reprodução)
A decisão judicial dada na última semana, que permitiu que os compradores dos cinco prédios inacabados da Construtora Conceitual, em Santa Maria, possam assumir as obras e concluírem os edifícios, era o que muitos clientes esperavam.
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Segundo os advogados Guilherme Becker e Marcio Alessio, que representam os moradores dos edifícios Majestic na Euclides, e do Grand Luxor, na esquina da Presidente com Ângelo Bolson, essa sentença em primeira instância trouxe alívio.
No caso do Majestic, segundo eles, 60% das obras estão prontas, com a estrutura do prédio totalmente erguida, inclusive com algumas famílias já morando no prédio. Eles dizem que são cerca de 20 apartamentos e aproximadamente 23 compradores, já que houve casos em que um único apartamento foi vendido para duas ou até três pessoas. Só um imóvel ainda não foi vendido.
– A associação do Majestic já foi constituída com esse propósito, de assumir a obra. Eles já vêm se organizando desde o início, as assembleias são no sentido de levantamento de recursos para fazer essa previsão de concluir a obra. É claro que, quando veio a decisão judicial, trouxe uma tranquilidade a mais no sentido de que os investimentos que eles vinham fazendo para que a obra fosse concluída tenham efetividade – afirmou o advogado Guilherme Becker.
Segundo ele e o colega Marcio Alessio, os próprios compradores já gastaram cerca de R$ 500 mil para corrigir problemas no edifício, para evitar que a água da chuva entrasse no prédio e danificasse estruturas já prontas. Além disso, contrataram os engenheiros que iniciaram a obra para a Conceitual e conhecem a realidade do edifício.
No caso do Majestic, eles reforçam que não eram investidores, mas em geral famílias que pretendiam morar no prédio. Muitas delas, de idosos que investiram as economias de uma vida num tão sonhado imóvel novo, mas que acabaram não recebendo devido ao encerramento das atividades da Conceitual.
Os advogados lembram que, se for mesmo oficializada a intenção de os compradores assumirem e concluírem a obra, todos acabarão pagando o mesmo valor pelos apartamentos. Por exemplo, se chegaram à conclusão de que um apartamento já concluído custará R$ 1 milhão, o comprador que havia pago R$ 600 mil terá de bancar mais R$ 400 mil, enquanto aquela família que havia desembolsado R$ 800 mil, terá de arcar com R$ 200 mil agora para concluir o prédio.
E nessa conta, será preciso indenizar aquelas pessoas que ficarão sem apartamento, já que o número de compradores é maior do que o de imóveis no prédio.
Já no Edifício Grand Luxor, a situação é mais complexa porque, além de só três andares da estrutura terem sido erguidos, há questionamento na Justiça porque outra construtora havia iniciado a obra e depois passou a validade da responsabilidade da obra para a Conceitual, o que é contestado.
Além desses dois prédios, a Conceitual deixou outros três edifícios inacabados: Contemporani, Metropolitan e Salvatore.
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