Foto Beto Albert, BD, 10/06/2024
Após receber várias queixas de moradores, empresas e prefeituras quanto às longas filas na ponte móvel da RSC-287, sobre o Arroio Grande, o Ministério Público Estadual fez uma reunião com o governo do Estado e a concessionária Rota de Santa Maria, na quinta, para cobrar providências. Após três horas de diálogo, a promotora Giani Pohlmann Saad, da 2ª Promotoria Cível de Santa Maria, diz que foi acertado um prazo de 15 dias para a Secretaria Estadual de Reconstrução do Estado apresentar uma resposta a respeito dos pedidos de cronograma de obras e também da possibilidade de baixar a tarifa de pedágio ou até de suspender a cobrança enquanto a nova ponte não ficar pronta.
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Segundo Giani, no encontro, foram relatados vários problemas de moradores que perdem muito tempo para fazer a travessia pela ponte móvel, no sistema de Pare e Siga, para ir trabalhar ou estudar, além de pacientes de hemodiálise, que já ficam horas em tratamento e ainda têm um desgaste maior pela longa espera na rodovia. Empresas de transporte e prefeituras citaram prejuízos econômicos por conta da demora para atravessar a ponte móvel. Sem contar que, em casos de socorros de acidentes ou casos de saúde urgentes, pessoas correm risco de vida se tiverem de ficar parados na fila.
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De acordo com a promotora, a Rota de Santa Maria alegou que a instalação de uma nova ponte móvel ou desvio é inviável, tecnicamente, devido à profundidade do arroio no local. A concessionária se comprometeu a construir uma nova ponte de concreto, para normalizar o trânsito, até maio de 2025. As obras devem começar até outubro.
O Diário procurou a Secretaria de Reconstrução do Estado, que disse que vai dar uma resposta em 15 dias, conforme acordado na reunião. Já a Rota de Santa Maria ainda não havia respondido aos questionamentos do Diário até a publicação da reportagem.
Além da promotora Giani Saad, participaram as Promotorias de Restinga Sêca e Faxinal do Soturno, representantes das Secretarias Estaduais de Logística e Transporte e de Reconstrução Gaúcha, Agência Reguladora do Estado (Agergs), Rota Santa Maria e moradores do Conselho Distrital de Palma.