Foto Renan Mattos, BD, 10/11/2021
O delegado Marcelo Arigony, que esteve à frente do maior inquérito da Polícia Civil gaúcha, do caso da Boate Kiss, pediu aposentadoria após 25 anos de trabalho à corporação. Ele, que já havia trabalhando antes por nove anos no Banco do Brasil e três anos como advogado, disse que essa decisão já vinha sendo amadurecida há um tempo.
– É uma decisão difícil, é uma vida inteira fazendo isso. Mas já passei o comando da Delegacia (de Homicídios e Proteção à Pessoa de Santa Maria) para o delegado Adriano Rossi – declarou Arigony.
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Ele começou a carreira na Polícia Civil como delegado em Rio Grande, em 1999. Depois, atuou por seis anos em Porto Alegre. Em Santa Maria, já comandou quase todas as delegacias, além de ter sido responsável temporariamente por delegacias de diversas cidades da região. Entre os cargos que assumiu, foi delegado regional da Polícia Civil em Santiago, que compreende a região de Mata até Itaqui, além de delegado regional em Santa Maria. Ultimamente, estava na Delegacia de Homicídios.
– Ano passado, tivemos 100% de esclarecimento nos homicídios consumados. Neste ano, já estamos com 90% de esclarecimento – lembra Arigony.
Professor de Direito há 15 anos, inclusive sendo docente concursado da Academia de Polícia (Acadepol), ele tem mestrado e doutorado na UFSM com ênfase no trabalho policial. Recentemente, concluiu uma pós-graduação de 400 horas em investigação digital.
– Ajudei a formar muitos dos policiais que estão por aí – comenta Arigony.
Caso Kiss e nova função
Segundo Arigony, o inquérito da Boate Kiss foi, sim, o trabalho mais difícil e marcante dos 25 anos em que esteve na Polícia Civil. Arigony, que é filho de delegado, também já atuava há 8 anos como professor do curso de Direito da Ulbra em Santa Maria. Agora, vai seguir lecionando e, ao mesmo tempo, assumirá como diretor do campus da universidade na cidade.
– É um período de transição – disse Arigony.
