Deni Zolin

Bandeira tarifária pode subir mais 58% e ir de R$ 9,49 para R$ 15

A situação é cada vez mais preocupante em relação ao custo da energia elétrica e ao risco de falta de abastecimento nos próximos meses. Diante do nível dos reservatórios das hidrelétricas no Sudeste e Centro-Oeste (responsáveis por 70% da energia do país) estar em apenas 22%, o Operador Nacional do Sistema elevou o risco de apagões a partir de outubro no Brasil. Mas outra bomba para o consumidor foi confirmada, a de o preço da bandeira tarifária, que já está bem alto, poderá subir mais 58% em setembro. Até terça-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve bater o martelo sobre o reajuste do mês que vem. A cobrança extra, que está hoje em R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos, poderá passar para R$ 14 ou R$ 15 - ou seja, subindo entre 50% e 58%. Será um impacto muito grande para os consumidores, pois no início do ano, a bandeira tarifária era verde, com nenhuma cobrança extra. Ainda no primeiro trimestre, passou para apenas R$ 1,343 a cada 100kWh. Depois, só foi subindo.

Ou seja, para quem gasta 300 kWh por mês de energia, essa bandeira tarifária atual, de R$ 9,49, representa um custo extra de R$ 28,47 mensais. Se passar para R$ 15, serão R$ 45 a mais por mês. E lembrando que teve ainda o reajuste anual de 9,93% da RGE em 19 de junho, o que, para quem consome cerca de 300 kWh, representa um aumento de quase R$ 30 só por causa disso. Se somar os dois aumentos, para uma família que tem essa média de consumo, poderá representar R$ 75 a mais por mês só com energia elétrica. E vale lembrar que a gasolina também está nas alturas e que a cesta básica subiu, em média, 22% nos últimos 12 meses.

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Muitas famílias, que já estão com sérias dificuldades para sobreviver, terão de fazer um racionamento forçado mesmo. Não vai ser só uma lâmpada por casa que vai ser apagada, como pediu o presidente Jair Bolsonaro. O cidadão comum precisará cortar muito mais e sentirá muito mais na pele.

Empresas também já sofrem um baque, ainda mais aquelas que gastam muita energia, como padarias e tantas outras.

Que essa grave crise hídrica no Brasil, com prejuízos no agronegócio e na geração de energia, sirva de alerta para o atual governo e para os que estiveram no comando do país nas últimas décadas e que também permitiram o desmatamento contínuo na Amazônia.

Cientistas dizem que a falta de chuvas já é reflexo do desmatamento, pois a retirada de milhões de árvores reduziu a umidade na atmosfera. E essa umidade da Amazônia forma um corredor que gera chuvas no Centro-Oeste e no Sul do país. Será que nem assim vão tomar uma medida drástica para frear o desmatamento da Amazônia?

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