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Até junho, UFSM terá 1º posto para recarga de graça de carro elétrico

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Foto: Copel (Divulgação)

Um projeto de pesquisa e desenvolvimento de tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e prevê R$ 3 milhões na instalação de um eletroposto de carga rápida de veículos elétricos, além da compra de um carro elétrico para ser usado e testado pela universidade - 60% desse valor será para a compra dos equipamentos, e o restante, para financiar as pesquisas.

Segundo a coordenadora do projeto, a professora Luciane Neves Canha, a previsão é que até maio ou junho, esse eletroposto já esteja instalado e funcionando no campus da UFSM - será semelhante ao da foto acima. Além de ser usado para abastecer o veículo da universidade, ele poderá ser utilizado por qualquer pessoa da comunidade que queira dar uma carga rápida, de meia hora, em seu carro elétrico - e de graça, já que o ponto de recarga será usado para fins de pesquisa, justamente para definir um sistema de cobrança no futuro no país, e vai ser abastecido por painéis de energia solar.

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Luciane diz ainda que a UFSM será a primeira universidade do Estado a ter um eletroposto e um veículo elétrico. Ela destaca a importância dessa pesquisa, feita em parceria com o Centro Internacional de Energias Renováveis (Cibiogas) da Companhia Paranaense de Energia (Copel-DIS). O investimento total será feito pela Copel, que vai instalar também um eletroposto em Curitiba, ao custo de mais R$ 2 milhões, para permitir a comunicação com o posto da UFSM para auxiliar nas pesquisas. O projeto se chama "Interface de Inovação Multi-Agente envolvendo a Indústria Automobilística, os Sistemas de Energia e Infraestruturas de Mobilidade Elétrica para Eletrovias Inteligentes". O objetivo é criar um sistema de gestão inteligente de eletrovias, para desenvolver o uso do carro elétrico no Brasil.

E a educação, como vai mesmo?

Segundo Luciane, hoje o Paraná tem a maior eletrovia em operação, com 11 postos de recarga rápida de veículos elétricos em 730 km de extensão da BR-277, entre Paranaguá (PR) e Foz do Iguaçu (PR) - em todos eles, não há cobrança de taxas, por enquanto. Luciane diz que a pesquisa pretende definir, por exemplo, sistemas de comunicação entre os eletropostos e entre os veículos, até para evitar que haja congestionamento de carros em um determinado posto. Sem um planejamento, poderia haver longas filas para recarregar as baterias no futuro, quando os carros elétricos se popularizarem. As tecnologias criadas pelas pesquisas poderão ser adotadas futuramente na eletrovia da Copel, no Paraná, e em demais sistemas que forem adotados no país.

- Além disso, é preciso haver um planejamento até para não sobrecarregar o sistema da concessionária de energia, pois é necessário avaliar quais investimentos precisarão ser feitos para a rede suportar a recarga de tantos veículos. Temos também de encontrar um modelo de negócios e sistema de cobrança que seja bom para o cliente e à concessionária. Uma das possibilidades é que se defina que, em determinados horários, o eletroposto tenha tarifa mais barata para incentivar o uso - diz Luciane.

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