claudemir pereira

Iminente união entre DEM e PSL impacta na Câmara de Santa Maria

Ainda não há definição acerca do nome. É improvável que seja mantido o Democratas (DEM), que outrora inclusive foi um nome original e bonito, chamado Partido da Frente Liberal. Mas é praticamente certo que o número seja o dos demistas, ou ex-pefelistas. No caso, o 25.

Do que se está a falar? Do iminente surgimento de agremiação que una formalmente o DEM ao PSL (Partido Social Liberal). Este último, dono do número 17 e da filiação, outrora, do presidente Jair Bolsonaro. Dá-se como tão certa essa união de interesses, aliança de iguais ideários, que até a data para o anúncio estaria definida: 21 deste mês.

Sim, há percalços. Onyx Lorenzoni, por exemplo, grandão do DEM no Rio Grande e no Brasil, e bolsonarista de primeira hora, como muitos demistas, está fora da articulação. No PSL, a bancada federal é dividida entre prós e contra o presidente.

Mas o fato é que, noves fora isso, parece evidente que os contrários terão mesmo é que aceitar a situação ou buscar outro rumo. Algo a ser conferido, na hipótese de fechado o consórcio DEM/PSL.

E na Boca do Monte? Aqui, o PSL do vereador Tony Oliveira é forte oposição ao governo local. Já o DEM, do edil Manoel Badke, está de mala e cuia na administração tucana de Jorge Pozzobom (que tem, veja só, um pesselista de vice, Rodrigo Decimo).

Para ter uma ideia, mesmo rasa, pois ambos reconhecem ter ainda poucas informações sobre o futuro de suas siglas, a coluna assuntou com Oliveira e Badke. Confira o que eles disseram:

Tony Oliveira: "As tratativas ocorrem em nível federal. Não chegou nenhuma decisão à Executiva municipal e não participamos, até o momento, de reunião acerca do assunto. Não tenho opinião formada ainda. Irei analisar o cenário político a partir da decisão da Executiva nacional.

Quanto ao governo municipal, sempre deixei claro que tenho lado. Sempre estarei ao lado dos anseios do povo, independente de ser oposição ou situação, de estar a favor ou contra o governo. Deixo claro que meu posicionamento é acerca de algumas decisões de gestão, nunca contra o servidor público e não existe nenhuma questão pessoal contra o prefeito ou secretários. Meu trabalho é voltado à fiscalização dos serviços públicos e investimento das finanças públicas."

Manoel Badke: "Quanto a possível união DEM-PSL, o tema está sendo discutido ainda em âmbito nacional, entre executivas, podendo ocorrer ou não. Em âmbito regional, está sendo programada uma reunião do partido para discussão deste e outros assuntos, entre as principais lideranças do Rio Grande do Sul, e na qual estaremos presentes.

Quanto a Santa Maria, o Democratas é um partido consolidado e organizado e a referida união não afeta a continuidade do trabalho que vem sendo realizado pela administração municipal do qual fazemos parte."

Pré-candidatura de Beto mexe com o lado canhoto da política gaúcha

Cerca de 300 líderes do PSB gaúcho, entre eles, o santa-mariense Fabiano Pereira, presidente local da sigla, lançaram, há uma semana, o nome do ex-secretário de Estado Beto Albuquerque como pré-candidato ao governo gaúcho.

Como efeito direto, e não menos importante, o ato dos socialistas abriu a torneira das discussões em torno do comportamento a ser adotado, no território do Rio Grande, pelas agremiações alinhadas ao lado canhoto da política estadual.

É evidente que Albuquerque gostaria, e vai trabalhar por isso, para ter o apoio, por exemplo, do PT e do PC do B (gostaria de ver o PDT nessa barca, mas os devotos do partido do falecido Doutor Leonel têm seus próprios planos, aqui e alhures).

Mais, o líder do PSB tem dito que esperará a contrapartida, no caso de apoio a candidato a presidente. Desenhando: admite ver-se em campanha por Lula, desde que os petistas da cá, que (é de todos conhecido) eventualmente lhe torçam o nariz, subam ao mesmo palanque.

Já o petismo, pode-se colher trocando ideia aqui e ali, não vê com bons olhos o nome de Beto como líder de uma chapa canhota, mas teriam até bom gosto, se fosse o caso, de oferecer-lhe a disputa ao Senado. Difícil é a aceitação, diz-se. Sem falar que, pesquisas indicam, o pré-candidato do PSB seria o principal nome de uma lista que incluiria o por enquanto único petista posto, o deputado Edegar Pretto.

E o outro nome do triângulo à esquerda? No caso, Manuela D'Avila, do PC do B. Sem disposição para concorrer ao Senado ou a vice (algo que já tem no currículo), só lhe agradaria, se fosse o caso, a disputa ao Piratini. Ou então à Assembleia, para ampliar a bancada comunista do b.

Resumindo a ópera pela canhota, percebe-se que, como diria certo político gringo, há muito que parlar, parlar. E parlar. Até se chegar a um acordo. Ou não.

Pedido de Lula e a "judiação" com Decimo

PEDIDO - Sem candidato consolidado ao Piratini, ao contrário de outros anos, o PT enfrenta dilemas sérios em relação a 2022. Tanto que, e o próprio ex-governador não negou, Luiz Inácio Lula da Silva teria instado Tarso Genro (foto) a voltar às disputas. Ele, por sinal, segundo pesquisa encomendada pelo PSB gaúcho, estaria bem posicionado para o jogo eleitoral.

Embora reticente, o político nascido na fronteira, mas criado politicamente em Santa Maria, onde começou sua carreira, teria dito a Lula que daria resposta apenas no final deste ou início do próximo ano. Então...
TAREFA - Há quem diga, nos corredores do Centro Administrativo, que Jorge Pozzobom já estaria judiando. Afinal, abusa na dose de tarefas delegadas ao seu vice, Rodrigo Decimo (foto). Que, por sinal, nada refuga.

A mais recente, que significará (no mínimo) curso ampliado de legislação sobre as questões urbanas, é assumir o comando das discussões em torno do redesenho legal do Plano Diretor, do Código de Obras e da Lei do Uso do Solo Urbano.

Que se diga, não falta o que fazer a Decimo, já envolvido nos debates e ações em torno do Distrito Criativo e a ocupação econômica do Centro Histórico.

LUNETA

NSB E PEDROSO
Desde o meio da semana, o vereador santa-mariense Paulo Ricardo Pedroso integra a Negritude Socialista Brasileira no Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito no Diretório Estadual do PSB, na Capital, com a presença do secretário estadual da NSB-RS, Paulo Leites. A par das responsabilidades da função, em defesa da negritude, tem-se aí mais um ingrediente ao pleito do edil, que quer ser candidato à Assembleia.

MAIS SCHUCH
Por iniciativa e defesa de Manoel Badke (DEM), edil e docente da UFSM, a Câmara deve aprovar moção de apoio à indicação de Luciano Schuch à Reitoria da universidade - depois dele ser aprovado em pesquisa interna e alçado ao primeiro posto da lista tríplice pelos conselhos da instituição. Detalhe: Badke é do grupo de oposição ideológica ao então candidato e agora, quem sabe, futuro reitor.

PRÉ-ORÇAMENTO
Não faltaram audiências. Câmara e prefeitura fizeram as suas. E, agora, entra na fase final o debate sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Não é, ainda, o orçamento para 2022, mas o antecipa, de certo modo. E a população tem derradeira chance de opinar, antes da decisão dos vereadores. Até segunda-feira, a Comissão de Orçamento e Finanças recebe emendas. Participe. Ou não se queixe. Simples, não?

FALK 2022
O secretário de Licenciamento e Desburocratização, Ewerton Falk, filiou-se ao DEM no início do ano passado, em tempo de poder concorrer, se fosse o caso, em novembro. Era o plano B de Jorge Pozzobom para ser candidato a vice - não houvesse sucesso no convencimento de Rodrigo Decimo, do PSL. Bueno, agora, ao que consta, Falk se encaminha para concorrer a deputado estadual. A ver.

PARA FECHAR
A Cesar o que é de Cesar e à Irmã Lourdes Dill o que é da Irmã Lourdes Dill. Com sua inegável capacidade de articulação, liderança e competência para gerir pessoas, é a grande responsável pelo primeiro grande evento massivo na cidade, nos estertores da pandemia. Ainda que de modo híbrido, vem aí mais uma Feira do Cooperativismo, maior acontecimento da economia solidária, de 3 a 10 de outubro.


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