Foto: Eduardo Ramos (Diário/Arquivo)
Ninguém parece estar dando muita bola para uma articulação nacional que pode atingir em cheio a política santa-mariense. E não é de hoje. Há poucos meses, a coluna registrou o interesse de graúdos (que são os donos da decisão, aliás) do PP, do Republicanos e do União Brasil, em criar uma superfederação.
Os partidos, como mandam as regras que permitem esses aglomerados, mantém-se vivos, mas do ponto de vista eleitoral se obrigam a caminhar juntos. O caso mais conhecido é a Federação que une PT, PC do B e PV, que vale até a eleição deste ano, mas já se caminha para a renovação.
Pois bem, é verdade que a divisão interna nacional praticamente escanteia o União Brasil, mas Republicanos e PP avançam muito e seus presidentes, Marcos Pereira e Ciro Nogueira, respectivamente, se reuniram nesta semana em Brasília e querem oficializar a Federação ainda antes de 7 de março, quando começa a “janela da traição”.
Não é tarefa fácil. Mas se quiserem, farão. E não custa nada, mais uma vez, trazer para Santa Maria os efeitos obrigatórios dessa possível união. Sim, por aqui, não obstante a identidade ideológica (afinal, alguma coisa precisam ter em comum para se federar), os partidos são adversários para outubro.
De um lado, o PP. Dá indícios de que pode vir a apoiar Beto Fantinel, do MDB, mas certamente não cogita apoiar Rodrigo Decimo, do PSDB. De outro, o Republicanos. Mais que afinado com o Centro Administrativo Municipal (foto), admite-se até possa ceder um nome para ser vice dos tucanos que governam a cidade.
E mais: além de terem que apoiar um só (quem seria o beneficiário disso tudo?), se obrigariam a fazer uma nominata única para a Câmara. Como é que fica tudo isso? Taí algo que ainda é impossível de prever. Exceto que pode, sim, acontecer, não obstante o silêncio ensurdecedor das lideranças diante da possibilidade.