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Setembro Amarelo

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Acredito que as coisas acontecem nas nossas vidas por alguma razão e cabe retirarmos delas, um aprendizado. Há alguns anos, tive uma rápida passagem pela Secretaria de Saúde. Foi naquela curta jornada que conheci mais de perto os Centros de Atenção Psicossociais e compreendi não apenas a importância do serviço, mas a sua essencialidade na promoção da saúde mental. Lembro a primeira reunião que participei com o grupo, onde aprendi sobre o poder do abraço no tratamento das pessoas em sofrimento e que precisam de apoio.

Hoje, tem início a campanha mundial de conscientização sobre a prevenção do suicídio, chamada "Setembro Amarelo". Aqui no Brasil, a campanha foi uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria. A campanha recebeu esse nome porque, em 1994, um jovem americano de apenas 17 anos, chamado Mike Emme, tirou a própria vida em seu Mustang amarelo. Seus amigos e familiares distribuíram, no funeral, cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando o mesmo desespero de Mike, e a mensagem se espalhou pelo mundo.

O suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo. Conforme a última estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicada no dia 17 de junho de 2021, no relatório "Suicide worldwide in 2019", naquele ano, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio. Todos os anos, pessoas morrem mais como resultado de suicídio do que de HIV, malária, câncer de mama, guerras e homicídios.

Quando criança, tive duas experiências com pessoas próximas que cometeram suicídio. O choque foi grande, porque as pessoas que tiraram as próprias vidas eram calmas, gentis e carinhosas, sem um comportamento que eu achava ser de um suicida. Desde aquela época, minhas indagações sobre os motivos para um ato tão desesperado são recorrentes. Toda a vez que recebo a notícia de um novo suicídio a indagação retorna: O que faz uma pessoa desistir da vida? Nem sempre tem como saber, com certeza, as causas do ato, mas tem como ajudar.

Existem várias cartilhas sobre o assunto que são fontes importantes de informações para identificação de pessoas em situação de risco, como no site do Governo Federal, "Porque a vida vale a pena!" No Conselho Federal de Medicina, "Suicídio, informando para prevenir." Na Fiocruz, "Suicídio: Vamos falar sobre isso?"

Se você está depressivo, sem esperança ou conhece alguém que precisa de ajuda, ligue 188 - Centro de Valorização da Vida, disponível 24 horas, busque uma unidade de saúde, como os Centros de Atenção Psicossocial, ou o site cvv.org (chat e email). Lembre-se: "Uma pessoa que pensa em se suicidar não quer desistir da vida, mas matar o que a faz sofrer."

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