Essa é a opinião de representantes de lojistas e empresários em relação à polêmica obra do Calçadão Salvador Isaia, que se arrasta há quase três anos e parece, ainda, longe de um desfecho. Cansados de esperar por uma resposta concreta da prefeitura, os lojistas e comerciantes fizeram um protesto no começo deste mês, mostrando toda a insatisfação com o abando de um dos principais cartões postais de Santa Maria.
VÍDEO: Lojistas fazem apitaço para demonstrar descontentamento com as obras do Calçadão
Segundo as entidades ligadas ao setor, o vice-prefeito, Rodrigo Decimo (PSL), e a secretária de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Ticiana Fontana, entendem a situação e foram sensíveis à manifestação. Já a postura do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), na opinião do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Márcio Rabelo, foi bem diferente: "tentou deslegitimar nossa manifestação", chegando a contestar o prazo de quase três anos da obra, pois, segundo o representante do CDL, o período é contabilizado desde os trâmites burocráticos iniciais. Rabelo afirmou, ainda, que as críticas não foram direcionadas "à honra do prefeito", mas, sim, "ao gestor público."
Prefeitura embretada com a obra do Calçadão
Na campanha eleitoral, Pozzobom implorou à população por mais um mandato para dar continuidade às obras. E, depois, um gestor público está sujeito a críticas e precisa saber conviver com elas, ainda mais quando são justas, como o caso do Calçadão. O prefeito e sua equipe só têm uma coisa a fazer: baixar a cabeça e buscar uma solução. A construtora De Marco, responsável pela obra, parece que não continuará. Só em janeiro, as entidades já receberam quatro prazos sobre uma resposta mais concreta e estão no aguardo.
Os lojistas e comerciantes foram muito pacientes diante dos transtornos que convivem há quase três anos. O próprio presidente da CDL admite que se "fosse outro governo, outros secretários", eles, talvez, não tivessem demorado tanto para "esse recado mais incisivo na rua." Isso é muito provável.