Jaqueline Silveira

Disputa ao Piratini continua indefinida e passa pela decisão do governador

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Apesar de março já ter chegado à metade, o cenário da disputa ao Palácio Piratini continua aberto e muito indefinido. Isso porque a corrida ao comando do Estado passa pela decisão do governador Eduardo Leite (PSDB) - que poderá anunciar esta semana a desfiliação do PSDB e o ingresso no PSD para concorrer a presidente da República -, e por seus desdobramentos.

Em caso de Leite confirmar a saída do PSDB, outras lideranças devem acompanhá-lo. Essa decisão influencia em outra: a escolha do candidato da base, ou seja, quem defenderá o projeto do governo. Nesse cenário, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior assumiria o Piratini, já que Leite precisará renunciar ao cargo seis meses antes (2 de abril) da eleição para concorrer ao Planalto.

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Já Ranolfo, que gostaria de buscar à reeleição como governador, não precisaria renunciar, já que concorreria à mesma função. Só que internamente, a avaliação do partido é que, entre as principais lideranças tucanas, a prefeitura Paula Mascarenhas, que foi vice de Leite em Pelotas, Zona Sul, seria o nome mais forte, mas para representar o projeto. Só que também, por força da legislação eleitoral, ela teria de abrir mão do Executivo seis meses antes da eleição, mesmo prazo para trocar de partido. Tudo passa, então, pela decisão do governo Eduardo Leite, que retornou, ontem, de missão aos Estados Unidos.

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Foto: Divulgação/

O governador Eduardo Leite ao lado da prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, cotado para concorrer ao governo do Estado

O MDB, por usa vez, está tentando aplacar as feridas abertas com a disputa interna entre os deputados Alceu Moreira e Gabriel Souza. Devido à disputa fratricida, o partido suspendeu a prévia. Ontem, a legenda definiu a executiva, comandada por Fábio Branco, prefeito de Rio Grande, e o diretório. E só depois da primeira reunião é que definirá o calendário para retomar o debate sobre o pré-candidato ao Piratini. Como consequência das brigas internas, o MDB se atrasa para a sucessão estadual.

Divisão de votos

Enquanto o PSDB aguarda pelo desfecho do futuro do governador Leite, e o MDB se atrasa na escolha do candidato, algumas legendas (leia mais ao lado) já estão com a campanha na rua, embora sem decolarem, por enquanto.

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O senador Luís Carlos Heinze (Progressistas.) se lançou há bastante tempo e percorre o Estado como pré-candidato. Ele dividirá votos com o hoje ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (PL), que se filiou ao Partido Liberal, na última quinta-feira, e lança a pré-candidatura ao Piratini no dia 22 de março. Os dois darão palanque ao presidente do Jair Bolsonaro (PL) em solo gaúcho.

Federação ficou pelo caminho

O PSB, que anunciou sua saída do governo Leite no sábado, trabalha com a pré-candidatura do ex-deputado Beto Albuquerque ao comando do Estado. Já o PT lançou o deputado estadual Edegar Pretto ao Piratini e dará palanque ao ex-presidente Lula (PT).

Os dois partidos chegaram a ensaiar a formação de uma federação, o que implicaria em uma única pré-candidatura no Rio Grande do Sul ao Piratini, mas, por divergências, justamente, nos Estados, o PSB decidiu não levar adiante a aliança, que valeria para os quatro anos e para todo o país.

Beto e Pretto tendem a dividir os votos dos eleitores mais identificados com o espectro ideológico de centro-esquerda. Ainda nesse campo, deve ter mais um candidato: o vereador de Porto Alegre Pedro Ruas (PSol).  

PDT mantém esperança com presidente do Grêmio

E o PDT não desistiu de lançar ao Palácio Piratini o presidente do Grêmio, o ex-prefeito do Osório Romildo Bolzan. Só que a queda do Tricolor para a segunda divisão do Brasileiro parece ter enterrado as pretensões do PDT e de Romildo.

Entretanto, pesquisas internas apontariam que Romildo continuaria um concorrente competitivo ao governo estadual. Romildo admite a pressão do partido, que tenta convencê-lo a se lançar na disputa. Se o presidente do Grêmio não aceitar, o plano B seria o ex-deputado Vieira da Cunha, como afirmou, recentemente, o presidente estadual do PDT, Pompeo de Mattos, em entrevista à CDN. 

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