diário da esperança

A paternidade de Deus

É comum ouvirmos que todos somos filhos de Deus. As pessoas, ao afirmarem isso, pensam em Deus como criador de todas as pessoas e como alguém que deseja nosso bem. Essas últimas ideias estão de acordo com a cosmovisão cristã. Porém, deve-se esclarecer a primeira frase.

Segundo a Bíblia, nem todos somos filhos de Deus. Conforme explica C. S. Lewis de forma didática, eu posso gerar algo da minha espécie e criar algo de uma espécie diferente da minha.

Eu posso gerar um filho ou filha e posso criar algum produto que não seja um ser humano, como uma cadeira, por exemplo, se eu fosse um carpinteiro.

Olhando para a relação entre Deus e homem, todos fomos criados por Ele.

Na verdade, tudo o que existe no universo também é criação de Deus. Contudo, o ser humano tem uma carência do tamanho do universo de estar conectado com Deus de uma forma mais profunda. A Bíblia afirma que o único que foi gerado por Deus desde a eternidade é o Deus Filho, Jesus, e que, quando entregamos nossas vidas a Ele, passamos a ser filhos de Deus também, nascidos de novo (João 3.1-7). Todos nós crescemos com uma visão diferente de Deus.

A imagem que tivemos (ou não tivemos) de nosso pai pode ser transferida para Deus. O que alguém que teve um pai abusivo esperaria de um Pai Todo-Poderoso? O que alguém que teve um pai ausente esperaria do Pai que é invisível e transcendente?

A boa notícia é que Deus não é como nossos pais (no sentido de falhar conosco). Porém, assim como um pai (que realmente cumpre seu papel) protege sua família e se doa por ela, Deus também o faz. Na verdade, só há o desejo de gerar e de cuidar de filhos em nossos corações porque tal desejo esteve no coração do Pai desde a eternidade (Efésios 1.4-5), e Ele o compartilhou conosco.

A única forma de nos tornarmos filhos de Deus é por meio de Cristo. Quando Ele é o nosso Senhor, o Seu Espírito vem habitar junto ao nosso espírito e podemos chamar Deus de Pai (Gálatas 4.6). Assim como o pai dá nome ao filho recém-nascido, o Pai nos dá nova identidade ao nascermos de novo. Não importa se nosso pai terreno foi o ideal ou se a nossa vida é ideal. Por meio da adoção, Deus lava todos os nossos pecados e nos recebe de braços abertos, enchendo a nossa existência com o amor, o sentido e a paz que não são achados em nenhum outro lugar.

Texto: Bruno Chaves
Engenheiro civil e líder da Mocidade para Cristo no Brasil (MPC) em Santa Maria

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