"Todos sabemos que há tantas sugestões divulgadas em redes sociais e outros informativos que nem sempre são tão confiáveis sobre redução ou como evitar esse pó branco que mata que faz você ir e vir tantas vezes ao doce, e meio tonto ou sem consciência como se fosse uma formiga no inverno ou uma mosca no verão..."
O trecho acima parece um comparativo um pouco fora de propósito, mas penso que serve como reflexão porque ele traz em si uma constatação quase irracional quanto ao consumo desse elemento que faz nossos sentidos ficarem alegres, satisfeitos e saltitantes e, na mesma medida, a saúde esvai-se como água pelo ralo trazendo mais diabetes e obesidade. Como fazer para evitar o consumo? Observem que não falei em momento algum, açúcar mascavo, demerara, cristal, adoçantes, entre outros.
Poderia dizer que basta não comer, evitar o estímulo do consumo, parece simples... Mas não é bem assim, doce e mais doce... E o doce e o açúcar têm também memórias de afeto, história, lembranças, até na música e poesia, acredito que somente assim esse elemento se justifica como memória doce.
"Com açúcar, com afeto, Fiz seu doce predileto, Pra você parar em casa, Qual o quê!"(Chico Buarque de Holanda);
"O branco açúcar que adoçará meu café nesta manhã de Ipanema não foi produzido por mim nem surgiu dentro do açucareiro por milagre." Açúcar, Ferreira Gullar...
Foto: Pixabay
Deixando a delicadeza da música e poesia de lado, pé no chão. Torna-se importante lembrar que desde a concepção do ser humano, o açúcar precisa ser restrito. Para tanto as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria sugerem evitar além do consumo de açúcares e alimentos industrializados e ultra processado, qualquer tipo de suco para as crianças. No lugar, deve-se oferecer água como fonte de hidratação, dar somente frutas, cereais integrais, leite, tubérculos, raízes, verduras e legumes para suprir a necessidade calórica no crescimento e desenvolvimento adequados. Nada, nada, além disso.
Essa conduta sobre o açúcar terá interferência no comportamento, e a missão será mais árdua na negação e ausência do consumo, pois se esse foi ofertado de forma desmedida, estimulou o vício e inundou o cérebro como mensagem compensatória a nível cerebral e nas papilas gustativas de um sabor inato. Para tanto, os pais são os únicos responsáveis no processo educativo alimentar e nutrir. Sugere-se que, ninguém de forma e maneira nenhuma deve interferir nesse processo, mesmo que essa transgressão seja bastante comum.
Bem, não foi assim que aconteceu com você. Então, o que fazer para me livrar desse "mal"? O caminho é árduo tenha certeza, pois a negação de "desacostumar" o paladar frente aos estímulos, respostas de conforto e compensação são realmente difíceis e, isso, pode levar o desenvolvimento doenças crônicas, diabetes e obesidade.
Uma das sugestões é buscar o prazer e alegria nos sabores de outros alimentos, para refinar o paladar com novos temperos, experimentar outros alimentos que tragam em si uma memória gratificante e feliz ao dia a dia. Comer com maior frequência alimentos corretos- frutas, verduras, legumes - e fazer atividades físicas de forma constante, que ajudarão a liberar outros compensadores bioquímicos.
É importante atentar também sobre os substitutos... Açúcar de coco, adoçantes entre outros, a indústria seguirá criando armadilhas ao seu paladar inventando novos prazeres de outros "doces".
Lembrar que é um processo constante com atitudes e propósitos de bem-viver, nada substitui a forca de vontade e determinação, mudança de hábitos e consciência alimentar no critério saúde!