cultura

Onde começa o artista...


Fotos: Victor Capriolli (Divulgação)

Nesta semana a colunista compartilha a experiência na cidade de Candiota durante a 23º edição do Festival Canto Moleque da Canção. 

Das várias experiências que tenho na música gaúcha, entre cantar, orientar; avaliar é a que considero a mais delicada e gratificante de todas. 

No final do mês de março fiz parte da comissão julgadora de um dos festivais mais respeitados do Rio Grande do Sul junto a grandes nomes da música no estado. Vitor Hugo, compositor gaúcho e ex Secretário de Cultura do Estado, Jorge Armando Carreta, respeitado músico da cidade de Bagé, o cantor Juliano Santos e o compositor e cantor Raineri Spohr estiveram comigo na missão de premiar os pequenos e grandes cantores. 

Já conhecia a grandiosidade do Festival, mas nunca tinha tido a oportunidade de estar na Candiota! Uma cidade acolhedora e cheia de encanto e entusiasmo no quando se refere ao Canto Moleque. Uma estrutura incrível, digna de grandes festivais pelo brasil. Um "palco de adulto" digno para crianças e adolescentes como ouvi de muitos. 

O Canto Moleque, que surgiu há mais de duas décadas, tímido, apenas quatro participantes, todos candiotenses, que teve Mariane Acordi, cantora gaúcha, sendo a primeira vencedora. Os jurados também eram de Candiota. A primeira edição aconteceu no Clube Social e Recreativo Candiota juntamente com as comemorações do aniversário do município. Na segunda edição no CTG Luiz Chirivino teve como grande vencedor foi o Candiotense, Leonardo Prates. Desde o surgimento no ano de 1993 muitos Candiotenses passaram pelo palco do Canto Moleque, Niandra Lacerda, Igor Cougo, Priscila Olave, Felipe Lopes, Alexandre Barreto, Juliano Santos, Jackson Barreto, Leonel Junior, Joana Barreto, entre outros, que hoje brilham nos palcos dos festivais e seguiram a carreira musical. Assim como cantores que atualmente são responsáveis por difundir a cultura gaúcha pelo mundo. Um deles Raineri Spohr esteve na comissão julgadora: 

"Me senti em um passado tão presente, era como se eu estivesse ali cantado novamente, vivendo meus sonhos, olhos brilhando , boca seca , pé de apoio trêmulo...revivi momentos inesquecíveis no canto moleque... senti todo carinho e energia dos meus pais que sempre me apoiaram...tenho muito orgulho de dizer que sou cria deste palco tão abençoado!!! Gracias Candiota onde tenho muitos amigos, irmãos e todo respeito, carinho por cada canto!!" 

Foram muitos artistas que fizeram parte dessa história e, com o passar do tempo foi cada vez menor a participação do cantor da terra. Nesta Vigésima Terceira edição do Canto Moleque, convictos de que a cidade tem muitos talentos, através de um lindo projeto nas escolas a Prefeitura Municipal resgatou a participação de lindos cadiotenses nesta edição. 

Victor Hugo registra o evento: 

"Candiota achou o seu lugar no cenário dos festivais, o seu posicionamento diferencial. É o palco para os jovens que querem trilhar os caminhos da música. A comunidade abraçou esta ideia. A Prefeitura e patrocinadores fazem a sua parte. E a gurizada talentosa do Rio Grande agradece".

Uma grande família! 

O trabalho de estimular e difundir a cultura desde pequeno é incrível. 

Iniciativas como essa dentro do mundo da tradicionalista, impulsionam nossa Cultura e incentiva que outras cidades, de pequeno porte, também se entusiasmem a buscar cada vez mais recursos para criar oportunidades. 

O grande objetivo é oportunizar o conhecimento e o Canto das músicas do Rio Grande, a diversão, fazer novos amigos e quem sabe assim como os outros que por aqui passaram trilhar uma carreira artística. 

Meus parabéns ao Canto Moleque, em nome de Márcio Vieira e esposa, Júlia Graziela Dutra, o Secretário Sérgio Marques, Prefeito Municipal e toda equipe. 

Um primor! 

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