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Morte de mulher trans teria sido motivada por cobrança de dívida

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Foto: arquivo pessoal

A Polícia Civil prendeu temporariamente dois suspeitos de terem assassinado uma mulher transexual na tarde de 1º de janeiro em Dilermando de Aguiar. Selena Peixoto, que, na época, tinha 37 anos, foi morta a tiros em frente e casa. Este foi o primeiro homicídio da Região Central em 2020.

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Conforme a delegada Alessandra Padula, responsável pelas investigações, os suspeitos, de 25 e 26 anos, foram presos na manhã desta segunda-feira na região norte de Santa Maria. Um deles foi preso no Bairro Divina Providência, e o outro na Vila Cerro Azul. A motivação do crime seria uma dívida de R$600 que o suspeito mais novo tinha com a vítima. Os jovens foram presos por homicídio qualificado por motivo fútil e meio que impossibilitou a defesa da vítima, já que o tiro que matou Selena foi nas costas. O suspeito mais velho tinha outro mandado de prisão contra ele por roubo. Eles foram encaminhados à Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).

- A motivação deles é que ela tinha vendido um cavalo para um deles e cobrava a dívida - conta a delegada.

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As prisões são temporárias por 30 dias para que mais investigações sejam feitas e podem ser convertidas em prisões preventivas após o prazo. Além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. A polícia esperava encontrar armas utilizadas no crime, mas apenas celulares foram apreendidos. Segundo a delegada, a polícia ainda espera investigar se houve motivação religiosa no crime, uma vez que Selena era mãe de santo.

- Caso isso se confirme, é mais um qualificador do homicídio - explica.

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As investigações até o momento descartam que o crime tenha acontecido pelo fato de a vítima ser transexual. Outra versão descartada é de que o próprio companheiro da vítima foi o autor do assassinato. Inicialmente, o homem havia dito que Selena teve um derrame, mas depois contou que um carro parou em frente da casa e disparou contra a mulher. A versão foi confirmada por testemunhas vizinhas da vítima.

O CASO
Agentes da Brigada Militar (BM) foram chamados na Unidade de Saúde Ruben Noal, no Bairro Tancredo Neves, onde a vítima havia entrado no começo da noite de 1º de janeiro, após a constatação de ferimentos de balas nas costas. O companheiro da vítima contou que os dois estavam em casa, e um carro parou em frente à residência, uma propriedade rural que fica na localidade de Sarandi, em Dilermando de Aguiar. Selena foi chamada pelo nome e saiu de casa. O homem ouviu os disparos e encontrou-a ferida. Ele e policiais militares daquele município levaram a vítima até o Pronto-Atendimento. Selena foi a quarta mulher trans vítima de homicídio na região em quatro meses.Em setembro, duas transsexuais foram assassinadas em Santa Maria. No mesmo local de um dos crimes, em dezembro, Verônica Oliveira também foi morta. Os autores desses crimes estão presos.

*colaborou Leonardo Catto

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