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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Pela segunda vez, o projeto Vozes que Curam, promovido pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) e pelo Centro de Comunicação e Voz, coordenado pela fonoaudióloga Carla Viegas, levou alegria e muita música aos pacientes internados na instituição.
A visita, realizada na tarde desta segunda-feira, foi comandada por artistas locais que emprestaram talento e doaram um pouco do tempo na agenda para levar uma mensagem de carinho e amor neste final de ano.
- Para nós, é gratificante. Vamos sair daqui melhor do que quando chegamos. Muitas pessoas veem o hospital como sendo um lugar ruim, mas é um espaço de redenção. E poder repartir o momento com música, ternura, encanto e alegria, é maravilhoso. Estamos felizes e nos sentido mais realizados do que realizadores - comenta o músico Beto Pires.
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A música se espalhou pelos corredores do hospital logo no hall de entrada. Os músicos passaram, ainda, pelas unidades de internação de clínica cirúrgica, maternidade, nefrologia, oncologia, clínica médica e UTI. Internado há 11 dias devido a uma fratura no pé ocasionada por um acidente de motocicleta, o empresário de Restinga Sêca Edi Cristiano de Mello, 44 anos, gostou da iniciativa:
- Achei muito bacana. Eu estava escutando e não sabia o que era. A gente fica quieto aqui, sem saber o que acontece lá fora.
Não foram só os pacientes que puderam apreciar a magia do canto. Funcionários, médicos, enfermeiros foram surpreendidos com a presença do grupo.
- Eu trabalhei muitos anos em hospital e sei muito bem o que é enfrentar essa rotina e o resultado de trazer essa alegria aqui para dentro através da voz. A palavra faz um bem muito grande quando as usamos de forma assertiva, promovendo a cura no outro, o bem-estar. Quem reparte, multiplica, essa é a matemática de Deus - relata Carla Viegas.
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Para a psicóloga e coordenadora do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Husm, Taiane Klein, momentos de emoções positivas, como esse, ajudam na cura de várias enfermidades.
- Nessa época do ano é comum ver pacientes e familiares mais sensíveis, justamente por serem datas que lembram momentos de confraternização. Muitos não sabem se vão ter alta ou se vão conseguir estar em casa nas festas e se sentem sozinhos. Quando a música vem para dentro do hospital, muda o clima, é uma alegria que contagia a todos - destaca Taiane.
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