após 8 anos de espera

Central de UTIs do Husm abre as portas e recebe os primeiros pacientes com coronavírus

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário
Após 8 anos de espera, leitos podem ser ocupados

No momento mais crítico da pandemia, a aguardada Central de UTIs do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) finalmente abriu as portas e recebeu os primeiros pacientes com coronavírus na manhã desta sexta-feira. Com mais cinco leitos, totalmente montados com aparelhos novos, o hospital passa de 15 para 20 UTIs Covid.

A obra começou em agosto de 2012 e tinha previsão de término em dois anos, mas se arrastou por oito anos que amargaram processos licitatórios inconclusos, rescisões contratuais e atrasos.

Às 9h15min, o primeiro paciente foi transferido para o leito número 8. Ele é um homem de 41 anos e veio da cidade de Jóia, no noroeste do Estado.

VÍDEO: depois de 8 anos, obra da Central de UTIs é entregue ao Husm

Os deslocamentos à nova área hospitalar começaram pelos internados em estado de menor gravidade. Até o final da tarde, todos os 15 pacientes da UTI Covid do Husm seriam realocados, além de outros cinco - quem podem ser de hospitais da cidade ou de outros municípios da região - e que já aguardam por internação em uma UTI.

_ O que virou a chave ontem (quinta-feira) para a transferência dos pacientes hoje foi a conclusão e a revisão das instalações das UTIS, das válvulas de gases, tudo com total segurança. Trabalhamos dia e noite em fevereiro. Inclusive, houve um atraso porque tivemos de mandar fabricar válvulas. As empresas dão férias coletivas e dependíamos dos fornecedores. Esse início da atividade da Central de UTIs é um dia histórico, um divisor de águas que trouxe qualidade para atendimento e que veio no momento certo para quem mais merece: os pacientes, as equipes e nossos alunos da universidade - avalia Elaine Resener, superintendente do Husm.

Segundo a fisioterapeuta Janice Soares, que atualmente é responsável pela UTI Covid, o serviço contou com equipes de médicos, enfermeiros, técnicos de Enfermagem e fisioterapeutas cumprindo com protocolos do Plano da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Husm, pronto desde dezembro do ano passado.

_ Hoje foi um transporte muito rápido e precisávamos de muito cuidado, pois dos 15 pacientes, oito estavam em estado grave. Nos últimos quatro ou cinco dias corremos muito. A situação piorou e esses leitos foram fundamentais para comunidade. Realocamos profissionais da saúde da UTI cardiológica, por exemplo, com experiência em UTIs. Faltam pequenos ajustes, mas foi um marco. As equipes estão motivados, bateram palmas quando transferimos os primeiros internados, pois é um espaço maior, equipamentos melhores, mais qualidade. Esperamos que venha junto melhoria dos paciente.

Até a manhã da última sexta-feira, o responsável técnico pela UTI Geral do Husm, o médico Claudio Kmohan seguia internado na CTI do Hospital de Caridade, após diagnosticado com coronavírus.

OITO ANOS DE ESPERA

  • A obra começou em agosto de 2012 e tinha previsão de término em dois anos
  • Em julho de 2013, após discussões entre UFSM e empreiteira, o contrato foi rescindido
  • No mês seguinte, em agosto de 2013, um novo contrato foi firmado com uma segunda empresa
  • Em 2015, a construtora responsável iniciou um debate com a UFSM sobre reequilíbrio financeiro. Em 2016, o contrato foi encerrado
  • Ainda em 2016, em abril, uma terceira empreiteira assinou contrato com a UFSM. O prazo de entrega foi prorrogado, mas o contrato foi rescindido em 2018
  • Em julho de 2019 foi lançado mais um edital de licitação, porém a empresa foi considerada inabilitada. Em outubro do mesmo ano, a situação se repetiu
  • A obra foi retomada outra vez em abril de 2020 em caráter emergencial, já nos primeiros dias de pandemia na cidade
  • No dia 23 de dezembro de 2020, a obra foi entregue pela Pró-Reitoria de Infraestrutura (Proinfra) da UFSM ao Husm, mas ainda demandava instalar os equipamentos e o mobiliário

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