com a palavra

Adriana Neutzling conta como fez parte da difusão do mercado da quiropraxia

Gabriele Bordin

Fotos: Arquivo Pessoal

Formada em Educação Física há 20 anos pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), pós-graduada em treinamento desportivo e mestre de terceira geração em Pilates Clássico, Adriana Neutzling, 44 anos, também se especializou em quiropraxia . Sempre em busca de aperfeiçoamento, Adriana estudou nas escolas internacionais Power Pilates (Itália), Pilates Center Off Las Vegas (México), Stott Pilates (Canadá) e Master Pilates (Madri). A diretora da Quiropilates Wellness Center, fundada por ela há 14 anos em Santa Maria, também é professora no Colégio Estadual Manoel Ribas. Nascida em São Lourenço do Sul, foi no Coração do Rio Grande que ela conheceu o marido, Volmir Raldi. E, desta união de 19 anos, vieram as filhas Renata, 17 anos, e Rafaela, 11.

Diário - Qual é a sua relação com Santa Maria?
Adriana Neutzling - Nasci no interior de São Lourenço do Sul, na localidade chamada São João da Reserva. Concluí meus estudos em São Lourenço e fui em busca de realizar o sonho de me tornar educadora física. Em Santa Catarina, onde me formei, fui bancária. No período da faculdade, trabalhava durante o dia e estudava à noite. Eu ainda estava em terras catarinenses, quando recebi o convite para trabalhar em uma concessionária de carros que estava vindo para Santa Maria. Foi nessa concessionária que conheci meu marido e grande incentivador da minha profissão. Graças a ele tudo começou. Minha Relação com Santa Maria é a melhor possível. No Coração do Rio Grande, formei minha família e desenvolvo o trabalho que amo.

Foto: Arquivo Pessoal
Com o marido, Volmir Raldi, e as filhas Renata (à esq.) e Rafaela. Na ocasião, a família comemorava os 15 anos de Renata 

Diário - Há quanto tempo trabalha com atividade física?
Adriana - Há 15 anos, sou professora em escola pública. Há 14, comecei a trabalhar com pilates, junto à clínica do meu marido. Ao longo dos anos, abrimos o primeiro estúdio na Rua Serafim Valandro. Atualmente, temos quatro unidades da Quiropilates em Santa Maria.

Diário - De onde veio a motivação para a profissão?
Adriana - Veio da família. O primeiro a me incentivar foi meu pai, que era um grande jogador de futebol. Não desconsidero nunca o apoio de Volmir, que sempre me motivou a atuar na área em que me formei. Além deles, tive excelentes professores, tanto no Ensino Médio quanto no Ensino Fundamental, os quais foram grandes exemplos.

Foto: Arquivo Pessoal
Em Madri, em 2018, na conclusão de mais uma especialização. No registro, com as colegas Luiza Corre (à dir.) e Mabel Cabrera (à esq.)

Diário - Como se deu a introdução da Quiropilates em Santa Maria?
Adriana - Como o nome já diz, a Quiropilates é uma junção da quiropraxia com o pilates. A empresa surgiu da necessidade de fazer um trabalho de reforço muscular para os pacientes que procuravam atendimento no centro de tratamento da coluna. Entre as causas de muitas dores na coluna, está a fraqueza dos músculos profundos, onde o pilates atua. O quiropraxista libera a parte óssea, devolvendo a mobilidade articular, enquanto o pilates contribui com o fortalecimento. A Quiropilates surgiu para unir duas ferramentas que beneficiam a saúde.

Diário - Qual linha do pilates a Quiropilates segue?
Adriana - Nós seguimos a linha clássica original. Devido às formações internacionais que tive oportunidade de concluir, pude entender verdadeiramente o método da contrologia do Pilates Clássico. Este método segue uma rotina, na qual os instrutores clássicos sabem exatamente qual exercício deve ser feito, um após o outro, nos diferentes níveis, básico, intermediário e avançado. Só assim, conseguimos um reforço muscular equilibrado. Contamos com vários diferenciais dentro dos estúdios, entre eles, o atendimento individual. Nesse processo, priorizamos o aluno como único, ou seja, não temos aulas em duplas ou trios. Nossas aulas em grupo seguem os padrões internacionais de classes em Reformer, Chair, Hall Unitm e Mat Pilates. Nesses métodos, os exercícios são repassados em ordens clássicas, nos quais todos os alunos, independentemente da idade, conseguem acompanhar.

Foto: Arquivo Pessoal
Na certificação em Gyrotonic em Salvador, na Bahia, com Miriam Barbosa (à esq.) e Gal Vilasboas (à dir.) 

Diário - A Quiropilates tem uma escola de formação. Como ela funciona?
Adriana - Com o título de maestra de terceira geração, posso certificar os alunos. Na Escola de Formação em Pilates Clássico, os novos instrutores passam a atuar nas quatro unidades que temos em Santa Maria. Ao longo dos anos, temos priorizado incluir instrutores formados em nossa escola, com o objetivo de dar continuidade a mesma linha de atendimento. Oferecemos dois cursos de formação por ano, com cinco módulos. Em nossa escola, os alunos aprendem as rotinas de treinamento em diferentes aparelhos, acessórios e solo. Além disso, disponibilizamos os estúdios para estágio e treinamento, sem custo algum, priorizando a educação continuada.

Diário - Quem mais procura o quiropilates?
Adriana - Infelizmente, a cultura da prevenção da saúde ainda é limitada. Diante disso, quem mais procura o tratamento já tem patologias na coluna. O pilates é uma atividade física intensa e não "fraquinha", como ouço falar. O método reabilita porque fortalece. É importante entender que o pilates só traz benefícios se for bem orientado. O grande segredo do método está na respiração. Jamais se consegue fazer um bom trabalho conversando durante a sessão. Fica a dica.


Foto: Arquivo Pessoal
Com Moira Merrithew, diretora da Stott Pilates, em Toronto, Canadá

Diário - O que você gosta de fazer nas horas vagas?
Adriana - Atualmente, não sei o que são horas vagas (risos). É claro que, quando surge um feriado, aproveito para me refugiar com a família em Meia Praia, em Santa Catarina. O nível do mar e as águas termais renovam minhas energias. Mesmo em folga, não abro mão de um bom exercício. Adoro andar de bicicleta no calçadão e caminhar à beira da praia.

Diário - Qual é a sua filosofia de vida?
Adriana - Fazer o melhor que puder sem esperar nada em troca e acreditarmos em nós mesmos. Isso é amor verdadeiro. Mesmo que a caminhada seja árdua, longa e cheia de percalços, ela nos levará ao destino que almejamos. Acredito que transformar tudo o que não é amor em amor é essencial para o bem pessoal e de quem está a nossa volta.


Foto: Arquivo Pessoal
Na formatura da 8ª turma da Quiropilates, fundada há 14 anos em Santa Maria

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