
Foto: Nathália Schneider (Diário)
Vivendo “um momento novo”, Pozzobom também falou sobre seu futuro político e desabafa sobre sua vida pessoal
A um ano e quatro meses de deixar o governo depois de oito anos à frente de um dos principais municípios do Estado, o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), recebeu o Diário para uma entrevista no seu gabinete, localizado no 7º andar do Centro Administrativo.
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Vivendo “um momento novo”, como ele próprio definiu, Pozzobom também falou sobre seu futuro político e sobre o que lhe incomoda acerca de comentários sobre sua vida pessoal. Abaixo, confira a segunda parte da entrevista:
Diário – O senhor defende Rodrigo Decimo para representar o governo nas eleições de 2024. Ele chegou a indicar que iria para o PL, mas recuou e deve ir para o PSDB. Esse recuo foi por pressão do Piratini em ver o PSDB abrir mão da cabeça de chapa?
Pozzobom – Todos os partidos convidaram o Rodrigo, mas só um entregou a ficha de filiação na mão dele, o PSDB. Eu não interfiro nas decisões do Rodrigo, a decisão de concorrer ou não é dele. Quero que ele concorra, que seja o prefeito do governo, não é por ele, por ele voltaria para iniciativa privada, mas ele me diz que “não posso deixar de governar essa cidade até o último dia contigo”. É óbvio que vamos tratar internamente no PSDB, porque eu não sou mais candidato em Santa Maria. A partir do encontro nacional – Diálogos Tucanos –, o PSDB deu um novo horizonte. Eu também estava aguardando. Há uma nova diretriz e é óbvio que nenhum partido quer que o candidato saia.
Diário – Mas foi o senhor que trouxe Decimo para política e é, claro, que a escolha do partido passa pelo senhor?
Pozzobom – Claro, nós conversamos muito, se depender da minha vontade pessoal, eu quero que ele fique no PSDB.
Diário – O senhor fica até o final do mandato? Há especulações que o senhor pode sair antes e ir para o governo Leite?
Pozzobom – Em hipótese alguma. Vou ficar até o último dia do mandato e quero entregar a chave na mão do Rodrigo.
Diário – E depois?
Pozzobom – Quero ser assessor do Rodrigo (risos), esse é meu desejo. Quero ficar em Santa Maria, perto da minha filha, que vai fazer 18 anos, e organizar minha vida pessoal. Vou dedicar um tempo para o Jorge.
Diário – E em 2026?
Pozzobom – Bah! Eu quero voltar a ser deputado.
Diário – Estadual ou federal?
Pozzobom – Estou fazendo um planejamento político pensando no Jorge, não só no político, como nunca fiz. Estou vivendo um momento novo e, se eu for deputado estadual, que é o meu desejo, vou estar perto do meu pai, que está com Alzheimer, estarei perto da minha filha, que são as coisas mais importantes da minha vida.
Diário – A federal, não?
Pozzobom – Desejo pessoal é deputado estadual, mas há conjunturas. Por exemplo, o Eduardo (Leite) é candidato a presidente da República ou não? Quem serão os candidatos a deputado federal do PSDB? Terá a chance de ter uma terceira ou quarta cadeira? Se o Eduardo for candidato, terá essa chance, mas o desejo é eu voltar a ser estadual.
Diário – O senhor tem se incomodado com críticas e comentários sobre sua vida pessoal nas redes sociais. De fato, ela só interessa ao senhor, mas, a partir do momento que faz postagens sobre vida pessoal, não abre brecha para essa situação?
Pozzobom – O que me incomoda é a mentira, a rede social (comentários e críticas) faz parte da democracia. Sobre a vida pessoal, me incomodam as mentiras, eu não aceito mentira. Pode falar o que quiser de mim, mas não mentir, isso não tolero! Óbvio que, quando falam outras mentiras, eu processo. Tenho 38 processos criminais ajuizados e nenhum têm acordo.
Leia aqui a primeira parte da entrevista exclusiva com o prefeito Jorge Pozzobom.