2022

Orçamento da prefeitura de Santa Maria é expressivo. Mas, ainda assim, limitado

Marcelo Martins

À frente da Secretaria de Finanças de Santa Maria, Michele Antonello (foto), falou ao Bom Dia, Cidade sobre o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que, basicamente, estima as receitas e fixa as despesas. Conforme a titular da pasta, que é servidora concursada do município, o orçamento projetado para 2022 é de R$ 972,5 milhões - um dos maiores da história de Santa Maria.

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Mas o fato é que, para além dos números, o valor tem que ser observado à luz da responsabilidade fiscal e, principalmente, no compromisso de manter o que o Executivo gaúcho, ao longo de mais de cinco anos, quebrou: a confiança dos servidores com o poder público. Ao longo dos quatro anos da gestão de José Ivo Sartori (MDB) e do começo da gestão de Eduardo Leite (PSDB), o Piratini deixou de pagar os salários do funcionalismo. O fez, sim, mas de forma vexatória, e com depósitos a conta-gotas. Se comparado com 2021, o orçamento projetado para o ano seguinte contabiliza um crescimento da ordem de quase 14%.

PEÇA FIDEDIGNA

Michele Antonello destacou que a peça orçamentária é "bem razoável" e feita "com bastante serenidade". Sem exagero, a declaração da dona do cofre é reflexo do que tem sido o trabalho dela na condução da pasta. Alçada à titularidade da pasta, ainda durante a reforma administrativa do prefeito Pozzobom no começo deste segundo mandato, Michelle passou a comandar a secretaria. Antes, contudo, ela já estava inteirada e ambientada ao mundo orçamentário da prefeitura de Santa Maria. Tanto é que, ela, por exemplo, foi adjunta da pasta.

A relação dela com as Finanças remonta ainda a gestão da ex-secretária Ana Beatriz Barros, com quem Michelle atuou diretamente no controle do caixa do município, na administração do então prefeito Cezar Schirmer (MDB).

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A escola de Michelle segue o receituário de rigor fiscal, observância dos contextos nacional e estadual e, principalmente, compromisso com a regra mais básica de qualquer gestor minimamente sério e comprometido, que é o de manter em dia salários e prestadores de serviços. A peça orçamentária, de forma resumida, é fidedigna.

Santa Maria tem se mantido com uma saúde financeira em dia. Mesmo que os tempos sejam de extrema retração, equilíbrio fiscal e compromisso com o dinheiro do contribuinte aliado ao considerável crescimento de impostos próprios e também de aumento das receitas transferidas ao município são a combinação que fazem com que Santa Maria possa ter, para 2022, um orçamento próximo da casa do bilhão.

ALIÁS...

Pode-se pensar que os R$ 972,5 milhões sejam a salvação da lavoura. Bem pelo contrário. Até porque o município tem empréstimos a pagar, e, um outro, já encaminhado que precisará ser pago. As maiores fatias são voltadas às áreas da educação, saúde e infraestrutura.

A quem possa imaginar que o valor é para sair criando despesas novas ou assumir compromissos, a prefeitura tem um estudo que mostra que, em média, a cada R$ 100 arrecadados, em Santa Maria, praticamente R$ 70 são para pagamentos e despesas que envolvam os servidores do município.

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