eleições 2020

Dos 21 vereadores de Santa Maria, 16 tentam a reeleição

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

A próxima legislatura da Câmara de Vereadores de Santa Maria, que se inicia no próximo ano e que vai até 2024, reserva, ao menos, cinco novos nomes a partir de 1º de janeiro de 2021. Dos 21 parlamentares, cinco não estarão na busca por manutenção na Casa do Povo. Ou seja, há chance de renovação, pelo menos, de quase um quarto do parlamento. Isso porque três deles estão disputando a majoritária: Francisco Harrisson (MDB), Luciano Guerra (PT) e Marion Mortari (PSD). Além destes, outros dois decidiram que não irão tentar outro mandato, são eles: Marta Zanella e Leopoldo Ochulaki, ambos do MDB.

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Vereador em primeiro mandato, Harrisson elegeu-se, em 2016, com 2,1 mil votos e conquistou um assento no prédio histórico encravado na Vale Machado. Após um ano à frente da Secretaria Municipal de Saúde, Harrisson teve que lidar com dois surtos: o de toxoplasmose e o de infecção intestinal. Agora, ele é vice na chapa de Sergio Cechin (Progressistas), atual vice-prefeito, que quer ser pela primeira vez prefeito.  

A presença de vereadores na majoritária também pode ser vista em outra candidatura: na dobradinha Luciano Guerra (PT) e Marion Mortari (PSD). O primeiro foi o vereador mais votado, em 2016, com 4,2 mil votos. O petista tem como vice o também colega Mortari (PSD), o segundo mais votado há quatro anos com 3,5 mil votos.

O Diário mostra que, na história recente do Legislativo, não se tinha, há pelo menos quase duas décadas, tamanha renovação garantida antes mesmo da votação. Quase um quarto dos parlamentares não voltarão a legislar nos próximos quatro anos.

NADA HABITUAL 
Há, ainda, Marta e Leopoldo que, por motivos pessoais, decidiram que não vão tentar seguir na Casa do Povo. Marta Zanella, aliás, ficou pouco tempo dentro do Legislativo. Ela conduziu por cerca de três anos e cinco meses a Secretaria da Cultura do governo Jorge Pozzobom (PSDB). Antes, na gestão do então prefeito Cezar Schirmner (MDB), ela já havia estado à frente da pasta.

Marta teve, ao todo, três mandatos (um, na condição de suplente; e, outros dois, como titular). Contudo, ela acredita que tenha dado a sua contribuição à sociedade. Além disso, a professora da rede pública de ensino acredita que tenha "muito mais perfil de Executivo":

- Me identifico mais com o Executivo. Acredito que, na prefeitura, tenhamos mais possibilidade de fazer as coisas acontecer. Obviamente que o Legislativo é uma casa importante e representativa, mas ela é mais de acompanhamento.

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Já o estreante Leopoldo Ochulaki, que entrou na Câmara com pouco mais de 2 mil votos, decidiu também trilhar o caminho de Marta: não buscar a renovação dos votos por meio do matrimônio com o eleitor. Ele se diz contra a reeleição.

- Temos que dar oportunidade para outros - acrescenta o vereador, conhecido como Alemão do Gás.

Ochulaki acredita que fez um bom trabalho. Segundo ele, foram mais de 3 mil requerimentos apresentados pelo seu gabinete e dois projetos de lei propostos por ele e aprovados, um sobre isenção na taxa de cobrança do parquímetro por 2h para pessoas idosas e portadores de necessidades especiais e outro que trata do abatimento de uma parte do valor da tarifa de água quando há interrupção no fornecimento. Entretanto, por outro lado, o vereador deixa o parlamento com um misto de sentimentos.

- O que me decepciona é a falta de reconhecimento do meu trabalho como vereador por alguns. Porém, sempre busquei o melhor para a população, e isso me gratifica - conclui Ochulaki. 

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SITUAÇÃO QUE NÃO É NOVIDADE SÓ DESTA LEGISLATURA
Em 2016, dois políticos ao fim do mandato buscaram o cargo de prefeito, Marcelo Bisogno (PDT) e Werner Rempel, então no PPL. Quatro anos antes, em 2012, Helen Cabral (PT) também optou por deixar a Câmara.

A petista pleiteou o cargo máximo do Executivo. Ovídio Mayer (PTB) não concorreu à reeleição no parlamento em 2008 para ser vice da chapa de Paulo Pimenta (PT) na disputa pela prefeitura, mas não se elegeu. Sergio Cechin (PP) fez o mesmo em 2016, mas teve melhor sorte e obteve vitória nas urnas ao lado de Pozzobom. Em 2004, Werner Rempel, na ocasião no PT, deixou a Casa do Povo para ser vice de Valdeci Oliveira, do mesmo partido. Em 2000, nenhum vereador se aventurou na busca pela prefeitura.

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