Legislativo

Câmara rejeita denúncia contra vereador Paulo Ricardo

Maurício Araujo

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Karohelen Dias/Câmara de Vereadores
Paulo Ricardo (PSB), que está no primeiro mandato no Legislativo de Santa Maria, rebateu as acusações que recaíam contra ele. Elevou o tom e disse estar revoltado com a exposição do seu nome

Uma denúncia no Legislativo municipal colocou o vereador Paulo Ricardo (PSB) no centro das discussões políticas da Casa. O parlamentar foi acusado por um ex-assessor de assédio moral, nepotismo cruzado, e, até mesmo, de fazer uma espécie de "rachadinha" no gabinete. Nesta quinta-feira, a queixa chegou ao plenário da Câmara, onde os vereadores rejeitaram, por unanimidade, a tramitação da denúncia na Casa.

Conforme a denúncia encaminhada à presidência do Legislativo, o denunciante, Kléber Colvero, que trabalhou no gabinete do vereador até maio, afirma que teve seu celular invadido pela chefe de gabinete do parlamentar. Colvero relata, ainda, ter sido pressionado para arrumar um Cargo em Comissão (CC) à irmã de Paulo Ricardo, bem como conseguir transferência da noiva do vereador de São Pedro do Sul para Santa Maria, e afirma que os assessores eram obrigados a arcar com despesas referentes ao gabinete. A denúncia requeria abertura de sindicância ou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Paulo Ricardo, bem como a perda do mandato.

Em plenário, os 20 vereadores votaram pelo não andamento da denúncia, uma vez que Paulo Ricardo não votou. Para apoiar o parlamentar, lideranças do PSB compareceram ao Legislativo, como o presidente da sigla, Fabiano Pereira, e o prefeito de Itaara, Silvio Weber.

Após a rejeição da tramitação da denúncia, o vereador Paulo Ricardo se pronunciou.

DESABAFO

Segundo o parlamentar, o ex-assessor foi demitido por ter traído sua confiança, por se desvirtuar do foco do trabalho feito pelo gabinete e, ainda, por querer se apoderar do mandato. Segundo ele, Colvero fez ataques com o objetivo de desqualificar sua imagem e a da chefe de gabinete. Em tom elevado, disse que a denúncia se trata de "acusações caluniosas e de vingança a qualquer custo por ter sido exonerado:

- Olhem a minha vida pública. Nunca tive problemas de qualquer ordem. Sempre fui correto com tudo e com todos e nunca busquei prejudicar ninguém.

CONTRARIEDADE

Conforme Kléber Colvero, filiado ao PSB, já era esperado o "corporativismo" dos vereadores. Ele reafirma que tem provas contundentes dos fatos narrados na denúncia - e que também foram registrados na Polícia Civil.

- Muito se fala em ética e transparência nesta nova legislatura da Câmara de Vereadores. Tudo o que pedimos foi para que apurassem os fatos. Os vereadores tiveram a oportunidade de dar respostas à sociedade, mas tiveram outro entendimento, e respeito - disse Colveiro.

O QUE DIZEM

O advogado do vereador, Daniel Tonetto, diz que tinha certeza que a denúncia não andaria, pois, afirma, ela é absurda. Ainda, ressalta que tomará as medidas cabíveis, já que pode se tratar de uma denunciação caluniosa:

- Vamos tomar as medidas necessárias, pois o vereador Paulo Ricardo é um homem íntegro, honesto e sério e não merecia passar por isso - diz Tonetto.

Já o advogado de Colvero, Márcio Obetine, afirma que a denúncia segue na Polícia Civil e espera que o inquérito seja remetido ao Ministério Público Estadual, já que, afirma, trata-se de um caso grave:

- Muito se fala em nova política, mas o que vimos foi a velha política. A finalidade da denúncia era investigar o caso e a Câmara optou por não fazê-la - finalizou Obetine.

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