Foto: Beto Albert
A Câmara de Vereadores manteve, na sessão desta terça-feira, dois vetos do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) e derrubou outro. De autoria da vereadora Roberta Leitão (PL), o primeiro projeto previa a possibilidade de grávidas vítimas de abuso sexual ouvirem os batimentos cardíacos do nascituro antes de abortar. E o segundo, obrigava a fixação de cartazes educativos sobre procedimentos abortivos em unidades hospitalares. Ambos acabaram arquivados, uma vez que os vereadores mantiveram o veto de Pozzobom. Já a proposta que reserva 20% dos assentos no transporte coletivo para crianças e mulheres, apresentado pelo líder do Podemos, Tony Oliveira, teve o veto derrubado. Como consequência, o projeto será transformado em lei.
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Por se tratar de temas polêmicos, a direção da casa reforçou a segurança. Adotou restrições de acesso ao público com distribuição de senhas, mas o clima foi tranquilo nas galerias com manifestantes com cartazes a favor e contra os projetos acerca do aborto.
Mais polêmica de todas as matérias da pauta da sessão, o veto à proposta que sugeriria a escuta de batimentos cardíacos do feto em casos de mulheres vítimas de abuso sexual que optassem pelo aborto foi o primeiro a ser analisado. E foi mantido o veto por 16 votos e um contrário, no caso, da vereadora Roberta, sob o argumento de que foi construída "uma narrativa" sobre o assunto.
– Se criou toda uma narrativa, de esquerda, uma narrativa abortista, uma narrativa protagonizada cada vez mais no mundo. Pela França, que liberou o aborto, pelo mundo, que vem liberando o aborto, e pelo Brasil, que tentou liberar o aborto nestes casos. Eu, Roberta, vou continuar lutando, eternamente lutando por todas as vidas – afirmou Roberta.
Favorável à manutenção do veto, Marina Callegaro (PT) argumentou que a proposta submeteria a mulher a mais violência:
– Este projeto, além de violentar nossas mulheres, ele é inconstitucional. Eu não me cansei de dizer isso, e eu tenho a consciência que vocês votarão pela manutenção do veto do prefeito. Garantindo o direito das nossas mulheres e das nossas meninas.
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Confira como votaram os vereadores presentes na sessão desta terça-feira acerca dos temas envolvendo o aborto
Na primeira votação, envolvendo o PL 9647/2023, de autoria da vereadora Roberta Leitão (PL), previa a possibilidade de grávidas vítimas de abuso sexual ouvirem os batimentos cardíacos do nascituro antes de abortar.
A favor do veto e contra o projeto
- Admar Pozzobom (PSDB),
- Alexandre Vargas (Republicanos)
- Anita Costa Beber (Progressistas)
- Danclar Rossato (PSB)
- Getúlio de vargas (Republicanos)
- Givago Ribeiro (PSDB)
- Helen Cabral (PT)
- João Ricardo Vargas (Progressistas)
- Juliano Soares (PSDB)
- Luci Duarte (PDT)
- Manoel Badke (União Brasil)
- Marina Callegaro (PT)
- Maria Rita Py Dutra (PCdoB)
- Rudys Rodrigues (MDB)
- Tony Oliveira (Podemos)
- Tubias Calil (MDB)
Contra o veto e a favor do projeto
- Roberta Leitão (PL)
A segunda votação, referente ao PL 9648/2023, também de autoria da vereadora Roberta Leitão (PL), obrigava a fixação de cartazes educativos sobre procedimentos abortivos em unidades hospitalares.
A favor do veto e contra o projeto
- Admar Pozzobom (PSDB)
- Danclar Rossato (PSB)
- Getúlio de vargas (Republicanos)
- Givago Ribeiro (PSDB)
- Helen Cabral (PT)
- João Ricardo Vargas (Progressistas)
- Juliano Soares (PSDB)
- Luci Duartes (PDT)
- Manoel Badke (União Brasil)
- Marina Callegaro (PT)
- Maria Rita Py Dutra (PCdoB)
- Rudys Rodrigues (MDB)
- Tony Oliveira (Podemos)
Contra o veto e a favor do projeto
- Alexandre Vargas (Republicanos)
- Anita Costa Beber (Progressistas)
- Roberta Leitão (PL)
- Tubias Callil (MDB)