Ministro do Trabalho e da Previdência Social e aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Onyx Lorenzoni (DEM) é um dos pilares do bolsonarismo no Estado e nome dado como certo na disputa pelo Piratini. Ontem, o gaúcho concedeu entrevista ao "Bom dia, Cidade", da Rádio CDN. Em seu quinto ministério no governo, Lorenzoni destacou sua atuação à frente das pastas, falou sobre as consequências do "fecha tudo" na pandemia, mostrou-se descontente com a fusão do seu partido com o PSL e garantiu que não há corrupção no Executivo federal.
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Assim como o mandatário da nação, Onyx tem a percepção de que as medidas de restrição impostas na pandemia de Covid-19 por governadores e prefeitos foram erradas, e que, no seu entendimento, não tinham nenhuma razão científica para o fechamento da economia. O ministro alegou que os "lockdowns" não funcionaram no combate à pandemia e que são"cientificamente provado que não funcionam".
- Aquilo de "a economia a gente vê depois" gerou inflação no mundo todo. Mesmo com todas as dificuldades, o Brasil cresce muito neste ano. Com o avanço na vacinação, acabou o argumento do "tranca tudo", se é que isso fazia algum sentido - disse o ministro.
Para firmar a retórica de que o governo tem atuação correta no combate ao coronavírus, Onyx destacou os números da vacinação no Brasil e em especial no número de doses distribuídas e aplicadas no país. Segundo o ministro, foram 300 milhões de doses distribuídas e o país ultrapassou os Estados Unidos em números de vacinas distribuídas e aplicadas, o que, segundo ele, mostra o compromentimento do governo no combate à pandemia do coronavírus.
DEM E PSL
Na última quarta-feira, os partidos DEM e PSL oficializaram a fusão em convenções e oficializaram a criação de uma nova legenda: "União Brasil". Filiado há mais de duas décadas no DEM (antigo PFL), Onyx é considerado um quadro histórico nas fileiras do Democratas. Mas, a permanência dele é incerta após a fusão das siglas. O diretório gaúcho foi o único que votou contra a união das siglas, assim como o próprio ministro. Para ele, o partido teve papel fundamental na redemocratização e agora "a fusão apagou essa história".
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No dia 1º de maio de 2022, Lorenzoni fará - ou faria, segundo o próprio - 25 anos filiado ao DEM.
EMPREGO
Depois de estar à frente dos ministérios de transição do governo, Casa Civil, Cidadania e Secretaria-geral da Presidência da República, agora, Onyx tem o desafio de comandar o Ministério do Trabalho e da Previdência Social, que tem orçamento de R$ 800 bilhões.
O objetivo, avalia o democrata, é gerar ainda mais empregos e acabar com as filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). De acordo com Onyx, o país criou mais de 300 mil novos empregos no mês de agosto, e o acumulado nos últimos meses chega a 2,3 milhões de pessoas empregadas com carteira assinada. A perspectiva, disse Lorenzoni, é que este número salte para 2,5 milhões.