Polícia Civil de Santa Maria investiga caso de menor de idade que teve vídeo íntimo exposto nas redes sociais

A Polícia Civil de Santa Maria, através da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) investiga o caso de uma jovem, agora com 18 anos, que teve um vídeo íntimo seu divulgado nas redes sociais produzido quando ainda era menor de idade. 


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Segundo a delegada Luisa Souza, a menina, quando ainda era adolescente, iniciou um relacionamento pela internet e, em uma das conversas, havia enviado uma foto íntima. A partir disso, esse homem iniciou uma chantagem, pedindo dinheiro para não divulgar o conteúdo na internet. 


– Com medo das ameaças que estava sofrendo, a menina cedeu e passou a enviar mais fotos e até vídeos que esse homem pedia – contou a delegada.


Por um tempo, a menina excluiu todos seus perfis das redes sociais, com o objetivo de dar um fim à extorsão. Quando reativou seu perfil, ao ver uma foto da menina com o novo namorado nas redes sociais, o homem vazou um vídeo íntimo dela em um aplicativo de mensagens instantâneas.


– A menina era menor de idade quando gravou o vídeo, tinha 17 anos. No material, ela está deitada em uma cama – conta a delegada.



A própria vítima procurou a delegacia e realizou a denúncia, que configura crimes de extorsão e pedofilia. A delegada Luisa Souza conta que as pessoas que receberam o vídeo e estão espalhando  também serão responsabilizadas:


– Quem tiver esse vídeo armazenado no celular ou ajude a divulgar, também configura crime de pedofilia. Está previsto no Artigo 241, do Estatuto da Criança e do Adolescente, com pena de reclusão de até seis anos e multa.



A partir disso, um inquérito policial foi aberto pela DPCA, tanto para apurar quem é o autor desses crimes, quanto quem são as pessoas que estão ajudando a disseminar essas imagens.


Jovem foi indiciado em Santa Maria por expor fotos de mulheres em site pornográfico

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Santa Maria concluiu a Operação Porn Revenge, cuja investigação tiveram início em 8 de dezembro de 2022. A ação policial consistiu em apurar uma série de denúncias e ocorrências realizadas por cerca de 40 mulheres contra o mesmo suspeito, um homem de 26 anos, que expôs, sem consentimento, fotos e vídeos íntimos das vítimas em um site pornográfico. O investigado está em liberdade.


No total, o suspeito foi indiciado em 15 inquéritos policiais: 10 procedimentos pelos crimes de difamação e violência psicológica contra a mulher e cinco inquéritos por difamação, divulgação de cena de sexo ou pornografia e violência psicológica contra a mulher.


Diante da grande quantidade de mulheres envolvidas, elas criaram um grupo no WhatsApp, conseguiram identificar o homem que havia feito as publicações e procuraram ajuda jurídica e policial.


Algumas delas eram ex-namoradas do suspeito. Outras eram amigas, mas muitas não tinham nenhuma relação com o jovem. As fotos eram de mulheres nuas, em ensaios íntimos ou de biquíni.

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