Pelo menos 22 presos da Operação Expansão serão soltos

Um habeas corpus conseguido na quinta-feira para um suspeito preso durante a Operação Expansão, em 17 de dezembro de 2013, deve dar liberdade a pelo menos 22 presos na ação, segundo os advogados do réu, Robson Zinn e Divo Munhoz. 
- O juiz de Eldorado do Sul se julgou incompetente para julgar o caso por se tratar de tráfico internacional, e a Justiça Federal não determinou a soltura de ninguém. Eles estavam presos sem uma ordem judicial. Foi uma decisão inédita, porque o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acabou por analisar o pedido de habeas corpus mesmo assim - explica Zinn, que deixa claro que ganharão a liberdade apenas os presos que não cumprem penas por outros crimes.

Na operação, 55 pessoas foram presas, seis delas em quatro cidades da região: Santa Maria, Júlio de Castilhos, Jaguari e São Sepé. A investigação apontou que um dos maiores traficantes de Santa Maria coordenava as ações regionais de uma quadrilha que atuava em praticamente todo o Estado de dentro da Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).

A operação foi coordenada pelo Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil. Cerca de 450 policiais cumpriram mais de 100 mandados judiciais, entre prisões temporárias e mandados de busca e apreensão e buscas em celas do sistema prisional, em 16 cidades gaúchas. Os nove mandados de busca e apreensão que foram cumpridos na região resultaram na apreensão de dinheiro (inclusive, dólares e euros), drogas, um carro e uma moto.

Segundo a investigação, a quadrilha trazia armas do Uruguai, e drogas do Paraguai. Além de dinheiro, carros clonados eram usados como moeda de troca e para assaltos. Integrantes do bando teriam ligação com criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo. E um dos membros seria ligado ao assaltante de carros-fortes José Carlos dos Santos, o Seco. Outro suspeito teria ligação com o traficante carioca Fernandinho Beira-Mar.