Morreu Uguatemi Belmonte de Abreu

O engenheiro agrônomo Uguatemi Belmonte de Abreu, conhecido pelos apelidos de Mimi, Méia e Bagual, gostava muito de trabalhar no campo e lidar com a terra. Aos 74 anos, nunca ficou parado, tanto que cultivava uma horta e sempre encontrava alguma atividade para fazer, seja em casa ou na rua.

Uguatemi era casado com Rosangela de Abreu, 69 anos. Dessa união, vieram os filhos, Angela, 40, e Alvaro, 36, e os netos gêmeos, Gabriel e Julia, 19.

Para Angela, fica a saudade de um pai maravilhoso e atencioso:

- Brincalhão e simpático, todo mundo gostava dele. Era conhecido, na padaria, no mercado e no prédio onde morou por 30 anos. Ele gostava muito de agradar e se empenhava pelos outros.

Ainda conforme a filha, o santiaguense plantava de tudo um pouco. Ver crescer e depois colher era sua grande alegria. Ela conta que o pai costumava presentear os amigos com alfaces, rúculas, temperos, e com o tomate-cereja, que fazia o maior sucesso:

- Foi um segundo pai para os netos, que adoravam estar na casa dele . Era um homem inteligente e culto. Tinha o hábito de ler jornal e assistir a notícias na televisão. Gostava de assuntos como história, política, ciência e principalmente sobre livros de agricultura plantio. Comunicativo, frequentemente fazia churrasco com amigos e primos. Gostava de viajar para a praia, para a serra gaúcha.

Rosangela acredita que o pai, que era colorado fanático, vai ver "lá de cima" o time do coração ser campeão do brasileiro. Para ela, dói muito não vê-lo no lugar que ocupava na mesa.

Para Rosângela, fica a saudade de um exemplo de pai e companheiro para todas as horas. Ela dedica ao esposo a música Por toda a minha vida, de Vinícius de Morais.

"Eu sei que vou te amar

Por toda minha vida eu vou te amar

Em cada despedida eu vou te amar

Desesperadamente

Eu sei que vou te amar..."

Uguatemi Belmonte de Abreu morreu aos 74 anos, em 3 de fevereiro devido a complicações de um câncer de pele. Ele foi sepultado no dia seguinte, no Cemitério Ecumênico Municipal.