Colegas de trabalho relembram a convivência com Evaldo, que morreu atropelado por retroescavadeira


Evaldo Gilso Tubia Barbosa, 68 anos, morreu na tarde de segunda-feira (24) após ser atropelado por uma retroescavadeira enquanto trabalhava na obra de uma barragem na localidade de Batovi, interior de São Gabriel.

Trabalhador, brincalhão e sorridente

Aos 68 anos, Evaldo trabalhava como motorista de caminhão e era conhecido por ser uma figura carismática e trabalhadora. Tinha o hábito de usar boné, adorava um jogo de baralho no intervalo do almoço e era conhecido principalmente por dois apelidos: "Véio Nó" e "Santiago". Quem dividia o ambiente de trabalho com ele se lembra do bom humor até nos dias mais difíceis. Mailon Silveira Marques conviveu por cerca de seis meses com Evaldo. Para ele, o trabalho do colega era uma inspiração tanto para o coletivo, quanto de forma pessoal:

– Todos tinham carinho e respeito por ele. Era uma pessoa alegre, brincalhona. Nesse tempo que conheci ele, dei boas risadas. Como ele era motorista de caminhão e eu pretendo tirar a habilitação, eu pedia dicas e conselhos para ele sobre como dirigir e os procedimentos com o caminhão. Ele sempre me ensinava. Estamos todos tristes pela partida dele da forma que foi – relata.

Outro colega que conviveu com Evaldo durante quatro meses e lembra dele com carinho é Lucas Soares Trindade. Eles se viam principalmente no horário do almoço, momento em que os tradicionais jogos de carta aconteciam.

– A minha melhor lembrança é quando eu passava por ele de carro e ele me chamava de lixado (terno usado para quem perdeu todo dinheiro no jogo de baralho). Ele era super tranquilo, trabalhador, brincalhão e sorridente. Uma pessoa boa – resume.

O surgimento do apelido "Véio Nó"

Carismático e cuidadoso, Evaldo ganhou um apelido nas obras que trabalhava. Por ser muito meticuloso com a manutenção da caçamba do caminhão e ter o hábito de estar sempre levando ela na oficina, os amigos do trabalho brincavam dizendo que ele estava "dando nó" para não trabalhar. Apesar da piada interna, os colegas relembram que era apenas mais um traço de uma personalidade responsável e detalhista:

– Ele sempre foi muito responsável, trabalhava até nos fim de semana, sempre de bom humor. Nunca se via ele de cara fechada, sempre rindo e brincando. Era um cara fora de sério, uma pessoa que tinha visão de vida e compartilhava o conhecimento com os mais novos. Um cara amigo mesmo – conta o colega Alan Miller, que trabalhou com ele por mais de 1 ano e meio.

Despedidas

O velório de Evaldo Gilso Tubia Barbosa ocorreu nesta terça-feira (25) em uma comunidade, próximo a um assentamento. Os colegas compareceram para se despedir em um ônibus alugado pela empresa.

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Mirella Joels

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