
Muitas famílias dividem o mesmo teto, mas não passam muito tempo juntas. Outras, mesmo com a rotina corrida, fazem questão de reservar momentos de convívio. Na turma dos que preferem se unir sempre que dá, estão aquelas que encontraram no esporte uma forma de compartilhar a vida.
De acordo com a psicóloga Ionara Lohmann, que atua no Centro de Estudos Sistêmicos: Família e Indivíduo de Santa Maria (Cesfi), o esporte por si só é uma prática saudável e ainda pode ser um aliado para manter a família unida. Segundo ela, aqueles minutinhos batendo uma bola, caminhando, nadando ou pedalando se transformam em momentos de aproximação familiar.
– Essa parceria estimula hábitos saudáveis, socialização, estética, lazer, concentração, perseverança e qualidade de vida – elenca a profissional.

Além da importância dessa união e da parceria que o esporte proporciona, os pais estão dando um bom exemplo, na prática, para seus filhos.
– As crianças são mais motivadas por atitudes do que por palavras. Os pais que já praticam exercícios acabam influenciando, beneficamente, seus filhos. Mas, em alguns casos, a lógica se inverte, e os pais são influenciados pelos pequenos – afirma Ionara.
Foi isso o que aconteceu com a professora Iara Isabel Barth, 56 anos, que pratica natação há três meses, com o incentivo do filho Lucas Barth Fagundes, 16.
– No início, pensei que ele, por ser um rapaz, não ia gostar da ideia de praticar uma atividade com a mãe, mas meu filho foi o meu maior incentivador – conta a professora.
Ela lembra que, se um sentia preguiça, o outro incentivava. E, atualmente, por ambos estarem adorando a atividade, eles aumentaram o número de aulas por semana.Além de melhorar o condicionamento físico, a família percebeu outras afinidades.
– Nós somos muito amigos, em casa e fora de casa, pois temos alguns interesses comuns, como livros e cinema. Agora, além de conversarmos, brincamos na piscina, rimos juntos e temos um tempo só para nós. Depois das aulas, voltamos para casa felizes, mais dispostos e mais animados – relata a professora. A mãe recomenda a todos atividades em família: – Estando próximo, é possível conhecê-los melhor, perceber se estão bem, com problemas ou felizes. A proximidade com os filhos é sempre saudável – diz.
Filho é incentivador
Assim que a mãe sugeriu começar a frequentar as aulas de natação, Lucas não hesitou em incentivá-la. Ao lado da mãe, ele descobriu na atividade física uma forma de aliviar o estresse do dia a dia.
– Além de nos sentirmos bem fazendo uma atividade física, notamos que é algo que nos relaxa. Se, antes da natação, nós estamos estressados, tristes ou algo do tipo, observamos que, quando saímos da natação, voltamos para casa bem melhor do que fomos – explica o adolescente.
Para Lucas, praticar exercícios físicos em família tem vários pontos positivos e nenhum ponto negativo.
– Estar junto nesse momento é diversão garantida, é um ajudando o outro, se corrigindo, e realmente, eu não consigo ver nenhum ponto negativo nisso – ressalta Lucas.
Compromisso seman

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