
Foto: Beto Albert (Diário)
Após o alagamento do Arquivo Geral da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que ficava no subsolo da reitoria, surgiu o questionamento do por que os documentos estavam armazenados em uma área tão baixa. De acordo com a diretora do Departamento de Arquivo Geral (Dag) da UFSM e coordenadora do trabalho de recuperação, Débora Flores, a principal justificativa de o subsolo ser escolhido para abrigar o arquivo se dá pelo grande peso da estrutura do acervo.
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– Os arquivos sempre devem ficar em locais mais baixos se o prédio não for construído para ser um arquivo, porque a estrutura de peso dos documentos não é comportada em outro local. Por isso ele ficava naquele local – explica Débora.
A equipe do Diário foi até o local da inundação e pôde registrar os estragos provocados pela água. No momento, os documentos atingidos estão em processo de recuperação no Centro de Convenções da universidade e cerca de 90% dos documentos já foram congelados. A técnica é utilizada para evitar a proliferação de mofo e fungos que aceleram a deterioração. Saiba mais sobre o processo de restauração na reportagem.

Alto volume de chuva
O volume de chuva registrado em Santa Maria entre o fim de abril e início de maio foi inédito na história da cidade. Segundo a diretora do Dag, até então, não se tinha o registro histórico de um volume de chuva tão excessivo capaz de invadir o subsolo da reitoria. O problema também ocorreu em outros prédios públicos do Estado que tiveram perdas de acervo após alagamentos.
Planejamento de um novo espaço
A partir da experiência, a ideia é que um novo espaço mais seguro e adequado seja construído para abrigar o acervo no futuro. Até o momento, a UFSM recebeu o valor de R$ 8,5 milhões do Ministério da Educação (MEC) para recuperar os estragos causados pelas chuvas. Além do arquivo, também houve danos no telhado da Casa do Estudante Universitário e em outros prédios da instituição.

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