Após diversas ações em bairros, rodas de conversa e capacitações, chega ao fim a programação da campanha Dezembro Vermelho nesta quinta-feira (15) em Santa Maria. O encerramento foi marcado por um evento no Restaurante Universitário (RU), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Ação
Na oportunidade, o público teve acesso a testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), além de insumos e orientações sobre prevenção e cuidado. A coordenadora da Política de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, Márcia Rodrigues, explica que a ação buscou aproximar a população jovem dos serviços e insumos ofertados no município:
– A escolha da Universidade para fazer este tipo de ação é porque temos uma população jovem aqui e sabemos, a partir do Ministério da Saúde, que é uma população que está bastante exposta, muitas vezes, por não procurar o diagnóstico precoce ou as unidades de saúde para fazer os testes.
Nos demais dias, os universitários podem recorrer também à unidade satélite localizada na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).
Além dos serviços, a ação contou com as apresentações de alunos da Oficina de Violão do Setor de Atenção Integral ao Estudante (Satie) e da cantora Paola Matos, acompanhada do músico Erick Corrêa. O evento foi realizado pela prefeitura de Santa Maria em parceria com a Prae, o curso de Enfermagem da UFSM e o Núcleo de Vigilância Epidemiológica do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
Cenário
Conforme o boletim epidemiológico de HIV/Aids 2022, divulgado pelo Ministério da Saúde no início deste mês, além dos jovens entre 15 a 24 anos estarem entre a faixa etária mais afetada, há uma maior concentração de casos de Aids em pessoas com idade entre 25 e 39 anos, sendo 51,7% dos casos do sexo masculino e 47,4% dos casos do sexo feminino.
Atualmente, 960 mil pessoas estão vivendo com HIV no Brasil. Em 2021, foram detectados 40,8 mil casos de HIV e 35,2 mil casos de Aids. Cerca de 727 mil estão em tratamento.
Em Santa Maria, 2.761 pessoas vivem com o vírus, sendo que 299 abandonaram o tratamento. Apesar disso, o número de pessoas com carga viral indetectável, ou seja, que não transmitem o HIV sexualmente, é de 2,1 mil, o que equivale a 76% do total.
Arianne Lima – [email protected]
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