A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi responsável por colocar a cidade no mapa dos testes da vacina de Oxford, ainda em setembro do ano passado. Hoje, o imunizante é um dos principais utilizados pelo país na campanha de vacinação, junto da CoronaVac. Agora, os olhos da empresa chinesa Sichuan Clover Biopharmaceutical também vão se voltar para o centro do Rio Grande do Sul. A UFSM vai ser, pela segunda vez, um local de testes de um imunizante contra a Covid-19.
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O ensaio clínico da vacina da Clover foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na segunda-feira. Dos 12,1 mil voluntários previstos para o Brasil, 1 mil serão santa-marienses. Os demais serão distribuídos entre Porto Alegre e os estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
O coordenador do estudo na UFSM será o mesmo que comanda os testes de Oxford, o médico infectologista Alexandre Vargas Schwarzbold. Ele é chefe da Unidade de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Conforme Shcwarzbold, o funcionamento do novo teste será semelhante ao que já ocorre na universidade.
Por sorteio, parte dos voluntários receberá a vacina e outra parte um placebo. Os voluntários precisam ter 18 anos ou mais e não ter sido infectados pelo coronavírus. A vacina da Clover também é aplicada em duas doses. O intervalo previsto, segundo a Anvisa é de 22 dias. O recrutamento ainda não começou, mas a tendência é que, ainda em maio, a participação dos voluntários inicie.
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A Anvisa classifica o estudo como de fase 2/3. O objetivo é avaliar a eficácia, a capacidade de gerar resposta imune e a segurança da vacina. Na fase 3, as vacinas são testadas, normalmente, em milhares de pessoas.
Ao todo, no mundo, serão 22 mil voluntários. Além do Brasil, os testes serão feitos em pelo menos mais cinco países: África do Sul, Bélgica, China, Espanha, Polônia e Reino Unido.