Está sob apreciação do juiz da 2ª Vara Federal, Jorge Luiz Ledur Brito, se defere ou não o pedido de reintegração de posse da Reitoria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O local está ocupado desde a última sexta-feira pelo movimento intitulado Ocupação Antirracista-Reitoria/UFSM, que emergiu após o último caso de ataque racista na instituição.
"A UFSM está há 48 horas parada", diz reitor em exercício
A ação, de conhecimento público, foi ajuizada às 16h43min desta terça-feira por meio do processo eletrônico nº 501272355-20174047102, ingressado pela procuradoria da universidade que é vinculada à Procuradoria Geral da União (PGU). A liminar ainda acumula indenização por perdas e danos a serem apuradas. Caso os ocupantes concordem em deixar o local, a ação perde o efeito.
Segundo a assessoria de comunicação da UFSM, a reitoria fez várias tentativas de diálogo e negociação com os ocupantes, inclusive, com representantes do Movimento Negro, ao longo desta segunda e terça-feira. A motivação maior para a ação foi debatida junto da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, pois há o comprometimento dos salários dos servidores da universidade, bem como os recursos orçamentários do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), que também passam pela Pró-Reitoria de Administração da UFSM.
À reportagem do Diário, foi dito que quaisquer informações da ocupação só seriam disponibilizadas por meio da página do movimento. Perguntas foram enviadas inbox. Até o momento, não houve resposta.
Alunos fazem sete reivindicações, e Reitoria da UFSM segue ocupada
Na tarde desta terça-feira, o juiz Jorge Luiz Ledur Brito se encontrava em audiência. Ele substitui o juiz Daniel Antoniazzi Freitag, que está em férias. A assessoria jurídica não informou prazos para a decisão de Brito.