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Três rodovias federais da região poderão contar com pedágios a partir de 2026

Colaborou: Deni Zolin

Três rodovias federais da região poderão contar com pedágios a partir de 2026

Foto: Beto Albert (Diário)

A partir de 2026, três rodovias federais da região poderão contar com pedágios. A instalação das praças de cobrança está prevista no projeto de concessões do governo federal, apresentado no mês passado. Pela proposta, as BRs 158, 290 e 392 serão leiloadas em dezembro deste ano.


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Segundo o Ministério dos Transportes, os investimentos em infraestrutura no país incluem 35 novos projetos de concessões rodoviárias, que totalizam R$ 220 bilhões. No Rio Grande do Sul, serão privatizados 674 quilômetros de quatro rodovias federais. Além das BRs já citadas na região, também está incluída a BR-116, entre Camaquã e Porto Alegre.

 
O ministério batizou o projeto de Rota Integração Sul. Na região, os trechos incluídos são a BR-158 entre Cruz Alta e Santa Maria, a BR-392 entre Santa Maria e Santana da Boa Vista, e a BR-290, de Caçapava do Sul a Porto Alegre.

 
O edital está previsto para ser divulgado em setembro. O leilão da Rota Integração Sul está marcado para dezembro e será o último no cronograma de concessões do Ministério dos Transportes. A empresa vencedora deverá assumir os serviços em 2026, quando então poderá começar a cobrança dos pedágios.


12 praças
Ao todo, o ministério prevê 12 praças nas quatro rodovias federais. A proposta ainda está em fase de audiência pública e não foi finalizada, o que só deve acontecer na metade deste ano. Os estudos estão sendo executados junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que fornecerá os recursos para as empresas que assumirem as rodovias.

 
Estão previstas 12 praças de pedágio em 674 quilômetros, ou seja, uma a cada 56 quilômetros. O projeto, porém, não informa a localização das praças.

 
Ao apresentar proposta de concessão das mesmas rodovias em 2022, no então governo de Jair Bolsonaro (PL), o ministério indicava a instalação de dois pedágios na BR-158 – em Cruz Alta e Júlio de Castilhos –, e mais dois na BR-392 – São Sepé e Santana da Boa Vista. 


Havia, ainda, projeção de mais quatro praças na BR-290, entre Caçapava do Sul e Porto Alegre. Na época, a estimativa era de tarifa para automóveis de R$ 11,54 em rodovias com pistas simples, e de R$ 16,15 em trechos duplicados. 


Diante da pressão de deputados e da comunidade, o projeto foi engavetado. Ao que tudo indica, está sendo retomado agora pelo Ministério dos Transportes. No entanto, segundo o deputado federal Paulo Pimenta (PT), o governo ainda não teria batido o martelo sobre o tema.


A rota integração sul

  • Rodovias e trechos – BR-158 (Cruz Alta-Santa Maria), BR-392 (Santa Maria-Santana da Boa Vista), BR-290 (Caçapava do Sul-Porto Alegre) e BR-116 (Camaquã-Porto Alegre)
  • Extensão – 674,1 km
  • Praças de pedágio – 12
  • Edital – Setembro de 2025
  • Leilão – Dezembro de 2025


Locais dos pedágios na região*

  • BR-158 – Duas praças (Cruz Alta e Júlio de Castilhos)
  • BR-392 – Duas praças (São Sepé e Santana da Boa Vista)
  • BR-290 – Uma praça (Caçapava do Sul)

*Previsão feita em 2022. Dependerá do resultado das audiências públicas


Deputado Paulo Pimenta diz que projeto está em estudo e prazos podem ser adiados

O deputado federal Paulo Pimenta (PT) afirma que um novo estudo de uma possível concessão para pedágios dessas rodovias está sendo feito pelo BNDES e deve ser concluído na metade deste ano. Porém, ressalta que conversou com o ministro dos Transportes, Renan Filho. 


O titular da pasta esclareceu que não foi batido o martelo se a concessão será mesmo realizada nesse bloco que envolve as BRs 158, 392 e 290, na região de Santa Maria, além da BR-116, entre Camaquã e Porto Alegre.


Também falou que os prazos que constam no site do governo federal, que prevê o leilão em dezembro de 2025, não necessariamente serão cumpridos.


– Depois do estudo, vai haver audiência pública para ouvir prefeitos, deputados e a comunidade. Acho que essa audiência só será feita em 2026. Depois de ouvir a comunidade, o ministério vai fazer uma proposta. E, aí, vai ser avaliada a conveniência ou não de enviar o processo para licitação. Tem de ver se o investimento proposto vale a pena. Se vai ser duplicado ou não, qual o valor máximo de tarifa.

 
Questionado pelo Diário se pode garantir que não haverá pedágios nas BRs 158 e 392 na região, Pimenta diz:


– Ninguém pode dizer o que vai acontecer em 2030, 2050 ou 2028. Se a proposta for duplicação da BR-392 toda, por exemplo, temos de avaliar. É a sociedade que tem de decidir se vale a pena e se está disposta a pagar por isso – afirma Pimenta.


Segundo o deputado, estão sendo feitos investimentos do governo federal nessas rodovias, o que pode baratear o custo de eventual pedágio, se futuramente ele for implementado.

 

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