
Foto: Beto Albert (Diário)
Como já é de costume em todo início de ano, por conta do reajuste dos salários dos motoristas e cobradores, a Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) de Santa Maria pediu, ao prefeito Rodrigo Decimo (PSDB), o reajuste da passagem de ônibus na cidade.
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De acordo com um dos diretores da ATU, Edmilson Gabardo, a estimativa é que o custo da tarifa técnica, que em 2024 era de R$ 6,85, tenha um aumento de 8% a 10%. Ou seja, poderia subir até R$ 7,53, se for o reajuste máximo de 10%. Porém, o valor cobrado dos usuários é definido pela prefeitura, pois ela já banca parte do valor. Atualmente, o preço está em R$ 5.
Se o reajuste for aprovado e a prefeitura quiser manter a passagem em R$ 5, terá de arrumar mais verba pública para aumentar o subsídio. Em 2024, segundo Gabardo, o subsídio de R$ 1,85 por viagem custou R$ 20,35 milhões aos cofres do município, o que correspondeu a 25% do custo total do transporte coletivo na cidade no ano passado.
– Tinha previsão de até R$ 23 milhões, mas, como não aumentou o número de passageiros, o valor ficou menor do que o estimado – afirmou.
Segundo ele, o custo das empresas aumentou em 5% por conta de mais gastos com folha de pagamento, e há uma estimativa de mais 5% de reajuste salarial agora em fevereiro – ainda não houve acordo, porque o sindicato dos trabalhadores pediu o INPC (4,77%) mais 6% de aumento real.
– O ISSQN de 2,5% voltou a ser cobrado do transporte coletivo. E tem o aumento do diesel agora – declarou Gabardo.
Diesel vai subir
No caso do diesel, o ICMS vai subir em R$ 0,06 por litro a partir deste sábado (1º). E a Petrobras poderá aumentar o litro em pelo menos R$ 0,20 por conta da defasagem em relação à cotação internacional. Essa diferença chegou a R$ 0,53, mas com a queda do dólar nos últimos dias, baixou.
Mesmo assim, há risco de falta de diesel no país porque os importadores deixaram de comprar de fora porque teriam prejuízo ao tentar revender aqui mais barato do que compraram.
Uma alta do diesel impacta muito no custo do transporte coletivo e nos fretes e preços de produtos e alimentos, o que preocupa população e governo.
A prefeitura
Sobre o pedido de reajuste dos ônibus, a prefeitura informou que está analisando o assunto, mas que por enquanto “não temos como aprofundar o assunto”.
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