Sindicatos municipais realizam assembleias decisivas nesta quarta e definem futuro da greve em Santa Maria

Sindicatos municipais realizam assembleias decisivas nesta quarta e definem futuro da greve em Santa Maria

Foto: Vinicius Becker (Diário)

Os sindicatos dos professores municipais (Sinprosm) e dos municipários (SMSM) de Santa Maria convocam assembleias decisivas para esta quarta-feira (3), quando deverão deliberar sobre a continuação ou o fim da greve que já se estende há semanas. A reunião do Sinprosm está marcada para às 17h, no Clube Comercial; o SMSM se reúne no mesmo horário, mas na sede da Cesma. A pauta das duas deliberações é idêntica: manter ou encerrar a paralisação.

A greve dos municipários, iniciada em 24 de novembro, tem como principal motivação protestar contra a proposta de Reforma da Previdência encaminhada pela prefeitura. A categoria exige a retirada dos quatro projetos que integram o pacote, alegando que as mudanças propostas trarão prejuízos a servidores ativos e aposentados. Conforme divulgado pelo sindicato, a mobilização permanece ativa até que a categoria tome uma decisão em assembleia.

Na última assembleia dos municipários, conforme a presidente do sindicato, Vivian Serpa, houve o entendimento de que quaisquer negociações só podem ser consideradas completas se ocorrerem com transparência e participação efetiva dos servidores.
​– O prefeito anunciou a suspensão da reforma da previdência e afirmou que abrirá diálogo com os servidores. Para o sindicato, a decisão é uma vitória da mobilização da categoria. Abertura de diálogo é positiva, mas precisa ser transparente, com acesso aos estudos e participação real dos trabalhadores. Seguimos atentos: suspender não é retirar – afirma.

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Do lado dos professores municipais, o movimento começou em 5 de novembro, após o Executivo protocolar o projeto de reforma na Câmara de Vereadores. Entre os pontos contestados, estão alterações no cálculo dos benefícios, a aplicação de contribuição previdenciária a partir de um salário mínimo e a ausência de diálogo imposta aos trabalhadores. A última assembleia da categoria, realizada no dia 26 de novembro, decidiu pela manutenção da greve até a data de 3 de dezembro — quando será realizada nova deliberação.

Em nota enviada pela assessoria do Sinprosm, o sindicato enfatizou que o retorno ao trabalho depende exclusivamente da decisão da base: “A greve só acaba em assembleia. É provável que sim, mas não depende do sindicato e sim da decisão da categoria.”


Impactos

Foto: Vinicius Becker (Diário)

Enquanto isso, os impactos da greve seguem visíveis na rotina da população. Serviços essenciais foram reduzidos, com a prefeitura informando que está mantendo apenas 30% do efetivo nas áreas críticas conforme exige a lei em períodos de paralisação. Na educação, o último levantamento da Secretaria Municipal apontou que 70 das 86 escolas municipais responderam sobre a adesão à greve — 41 mantêm funcionamento normal, 26 estão em greve parcial com atendimento reduzido e 3 permanecem totalmente paralisadas.

Com as assembleias desta quarta-feira, a expectativa se volta para a definição do futuro da greve: se haverá retomada dos serviços ou se o movimento permanece em aberto com nova rodada de negociações entre sindicato e Executivo.


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