
Foto: Gilberto Ferreira
No verão, virou rotina. Quase todo dia, em pelo menos alguma região de Santa Maria, falta água. E em alguns casos, demora para retornar ou falta mais de uma vez por semana. Essa queixa foi levada por jornalistas e radialistas nesta sexta (31), durante o evento Portas Abertas, em que a Corsan mostrou como faz o monitoramento e a gestão de todo o sistema de tratamento e abastecimento de Santa Maria, e também como opera a Estação de Tratamento de Água da cidade.
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Sobre as reclamações feitas pela comunidade, o gerente de operações em Santa Maria, Rafael Sonego, afirmou que a empresa tem feito investimentos para reduzir os problemas de falta de água. Segundo ele, só havia duas regiões com baixa pressão frequente no verão. No caso da Lorenzi, foi instalado um equipamento para aumentar essa pressão, enquanto na região perto da Base Aérea, o problema será solucionado daqui a 15 dias, quando for concluída uma nova tubulação maior na Rua João Machado Soares.
Porém, as maiores queixas são de faltas de água provocadas por rompimentos de rede. Quanto a isso, Sonego disse que primeiro é preciso esclarecer que há várias causas. Segundo ele, em muitos casos, as tubulações estouram porque no verão, com o consumo maior, aumenta muito a velocidade da água nos canos, o que provoca rompimentos. Em outras situações, pode ser por oscilação de pressão ou pressão elevada.
Em redes mais antigas, de ferro, ele conta que podem ocorrer rompimentos devido à mudança de temperatura, que dilata o material. Sonego estima que 30% dos mais de 1 mil km de rede da Corsan na cidade são antigas e que a empresa vem fazendo a troca gradual para minimizar novas faltas de água por conta de vazamentos.
De acordo com ele, outro motivo para as faltas de água são obras de terceiros, como construção de ruas, prédios ou até troca de postes de energia, em que máquinas atingem os canos da Corsan. Há também canos que estouram por conta de obras da própria empresa, como na instalação de novas redes de esgoto.
Sonego reforça que a Corsan vem fazendo melhorias para tentar reduzir as faltas de abastecimento. Além de troca de tubulações antigas, foram instaladas muitas bombas para aumentar a pressão, enquanto em outros pontos, foram colocadas válvulas para controlar a pressão e evitar que canos estourem.
Ele mostrou como funciona a central de monitoramento e controle, com um grande telão interativo, que mostra o nível em tempo real de todos os grandes reservatórios da cidade, das bombas de recalque e da pressão em centenas de pontos.
Com isso, os técnicos recebem alertas quando algum motor deixa de funcionar ou quando um reservatório está esvaziando. Isso permite uma resposta mais rápida. Além disso, os operadores podem fechar ou abrir registros de forma remota.
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